Gustavo Franco critica postura "heterodoxa" dos governos pós-FHC
O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, afirmou que os governos que se sucederam ao de Fernando Henrique Cardoso "começaram a recompor o modo heterodoxo de ver a vida".
"Foram fazendo e experimentando as consequências. Começou pela Petrobras. Pediram para ela ser nacionalista sem dar recursos a ela para isso. A destruição de valor ocasionada na Petrobras é [fruto da] postura heterodoxa, messiânica, repetida posteriormente no setor elétrico, nas intervenções tributárias [para a indústria]", afirmou Franco.
Para disfarçar, segundo Franco, o governo atual recorre à maquiagem. "Faz um processo transgênero de heteredoxia, e o efeito diluído de toda esta inovação é a produção de estagflação, que põe em perigo as conquistas [geradas pelo Plano Real]", afirmou.
Franco afirma que a sorte é que a opinião pública confronta o governo, e a reação do mercado também é importante. "Ainda bem que tem isso, se não estávamos ferrados", disse.
Ele voltou a dizer, durante evento sobre os 20 anos do Plano Real na PUC-Rio, que a relação hoje entre Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Tesouro Nacional e o Banco Central é semelhante àquela entre Banco Central e Banco do Brasil, na época da hiperinflação.
"Parece uma espécie de conta movimento a serviço do inflacionismo. Dá para criar leis complementares que proíbam essa conduta. [É preciso diferenciar] o crédito de instituições federais de emissão de moeda", afirmou Franco. Ele afirmou que não dá para relaxar em estabilidade e controle da moeda.
Franco elogiou a existência do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC. "A ideia é tão boa que nem presidentes hostis conseguem usar a caneta e revogar este troço [Copom]", afirmou. Ele lembrou, entretanto, que o comitê tem arcabouço precário, e que não está previsto em nenhuma lei.
"Foram fazendo e experimentando as consequências. Começou pela Petrobras. Pediram para ela ser nacionalista sem dar recursos a ela para isso. A destruição de valor ocasionada na Petrobras é [fruto da] postura heterodoxa, messiânica, repetida posteriormente no setor elétrico, nas intervenções tributárias [para a indústria]", afirmou Franco.
Para disfarçar, segundo Franco, o governo atual recorre à maquiagem. "Faz um processo transgênero de heteredoxia, e o efeito diluído de toda esta inovação é a produção de estagflação, que põe em perigo as conquistas [geradas pelo Plano Real]", afirmou.
Franco afirma que a sorte é que a opinião pública confronta o governo, e a reação do mercado também é importante. "Ainda bem que tem isso, se não estávamos ferrados", disse.
Ele voltou a dizer, durante evento sobre os 20 anos do Plano Real na PUC-Rio, que a relação hoje entre Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Tesouro Nacional e o Banco Central é semelhante àquela entre Banco Central e Banco do Brasil, na época da hiperinflação.
"Parece uma espécie de conta movimento a serviço do inflacionismo. Dá para criar leis complementares que proíbam essa conduta. [É preciso diferenciar] o crédito de instituições federais de emissão de moeda", afirmou Franco. Ele afirmou que não dá para relaxar em estabilidade e controle da moeda.
Franco elogiou a existência do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC. "A ideia é tão boa que nem presidentes hostis conseguem usar a caneta e revogar este troço [Copom]", afirmou. Ele lembrou, entretanto, que o comitê tem arcabouço precário, e que não está previsto em nenhuma lei.
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