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Telefônica tem 'etapas a serem vencidas' para apresentar compra da GVT

02/09/2014 16h31

O presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente, disse que ainda tem "etapas a serem vencidas" no processo de compra da GVT para que o interesse de aquisição seja formalizado aos órgãos reguladores brasileiros.

Segundo o executivo, é possível que, em menos de 90 dias, as pendências sejam resolvidas e os documentos sejam apresentados no Brasil a instituições como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Ao participar do evento "39º Encontros TeleSíntese", em Brasília, Valente afirmou que o grupo está confiante de que a oferta de serviço associada à estrutura da GVT não deve oferecer "dificuldades adicionais" do ponto de vista de análise concorrencial. Segundo ele, a GVT é uma empresa "muito mais sólida" fora de São Paulo, onde a operadora tem consolidada a sua atuação no mercado.

Dentro do Estado de São Paulo, Valente acredita que somente um "pequeno número" de localidades apresenta pouca concorrência e tem as duas operadoras presentes. Para ele, somente nestes municípios haveria o potencial risco de concentração de mercado após a operação de compra.

Questionado sobre a operação de compra da TIM, comandada pela Oi e o banco BTG, Valente afirmou que não teria informações porque o grupo não participou de nenhuma conversa a este respeito. "Não temos nada a ver com este assunto", disse.

Para o presidente da Telefônica/Vivo, a declaração dada ontem pelo presidente do conselho de administração da espanhola Telefónica, César Alierta, foi um sinal claro de que o grupo pretende atender as exigências feitas pelo Cade. O comando do grupo, segundo ele, sinalizou ontem que quer desfazer da participação indireta na Telecom Italia, que controladora a TIM no Brasil.

Leilão de 4G

Valente afirmou ainda que a operadora entrou com sete a oito pedidos pontuais de impugnação do edital da quarta geração de celular (4G). Entre os pontos questionados está a exigência de pagamento adicional do uso da faixa de 700 megahertz (MHz) para cumprimento de metas de leilões anteriores.

Além disso, a operadora questiona a falta de definição no edital de um limite máximo de gasto com a limpeza da faixa, usada hoje pelos canais de TV aberta.

Por uma "questão de estratégia", Valente disse que não comentaria se vai ou não participar do leilão no fim deste mês.