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Cautela antes da reunião do BC americano dá a tônica nos mercados

17/09/2014 13h47

A expectativa pela decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), nesta tarde domina as atenções dos agentes financeiros e estimula alguma hesitação nos mercados acionários.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Fed divide as atenções com o fator eleitoral. Embora já tenha saído das máximas do dia, o principal índice do mercado acionário brasileiro registra o terceiro pregão seguido de alta, embalado pela pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial.

Câmbio

O dólar opera próximo das máximas do dia frente ao real, mais do que anulando a queda verificada ontem. Os investidores retomam as compras da moeda americana na expectativa pela decisão do Fed, que pode definir novos rumos para o mercado de câmbio nos próximos meses. O Fed anuncia sua decisão de política monetária às 15h. A presidente do banco, Janet Yellen, fala a partir de 15h30.

Às 13h34, o dólar comercial subia 0,71%, para R$ 2,3445. O dólar para outubro avançava 0,26%, a R$ 2,3520.

Com impacto limitado, o mercado opera hoje conhecendo os resultados da pesquisa Ibope para Presidência da República, que mostrou uma ampliação da vantagem de Marina Silva (PSB) sobre Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, bem como um crescimento de Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno.

Os mercados brasileiros já haviam reagido ontem a especulações de que o Ibope mostraria uma interrupção na trajetória ascendente de Dilma nas pesquisas. O foco agora se volta para a sondagem do Datafolha a ser divulgada na quinta-feira.

Juros

Os juros futuros acompanham o clima externo de compasso de espera pelo Fed e operam em queda, em uma sessão de volume um pouco inferior ao observado nos últimos dias. As taxas já se afastaram das mínimas do dia, mas continuam em queda, especialmente entre os contratos mais longos - aqueles que refletem mais diretamente as apostas do mercado tanto com a política monetária americana quanto com o futuro das eleições.

No Brasil, o mercado considerou positivo o resultado da pesquisa Ibope divulgada ontem que confirma o quadro de empate técnico entre Marina Silva (43%) e Dilma Rousseff (40%) num segundo turno. Mais importante, porém, foi o recuo de Dilma em um cenário de primeiro turno, de 39% para 36%, enquanto o candidato pelo PSDB, Aécio Neves, cresceu, de 15% para 19%. Marina Silva, por sua vez, oscilou de 31% para 30%.

Perto das 13h40, DI janeiro/2017 era negociado a 11,61%, de 11,63% ontem. O DI janeiro/2021 cedia de 11,46% para 11,37%.

Bolsa

A bolsa brasileira registra o terceiro pregão seguido de alta, embalada pela pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial, mas já dá sinais de fraqueza, com investidores mais cautelosos antes da reunião do banco central americano nesta tarde.

Às 13h38, o Ibovespa subia 0,92%, aos 59.656 pontos, depois de registrar máxima de 60.024 pontos (1,54%) minutos depois da abertura.

Desde a abertura do pregão de ontem já se especulava que Marina Silva abriria vantagem sobre Dilma Rousseff no segundo turno, o que de fato aconteceu. A candidata do PSB manteve os 43% que possuía na pesquisa anterior, enquanto Dilma recuou de 42% para 40%. A surpresa veio da reação de Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno. O tucano, que estava estagnado em 15% de intenções de voto na semana passada, subiu 4 pontos percentuais, para 19%.

A alta na Bolsa não é mais forte devido ao clima de cautela que predomina nos mercados internacionais antes da reunião do Fed, que pode sinalizar o início do aperto monetário no s Estados Unidos antes do que se esperava.