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Após alta pela manhã, juros futuros perdem força na BM&F

23/09/2014 17h22

As expectativas para o resultado da corrida presidencial ? e, por tabela, para o rumo da política econômica a partir de 2015 ? deram as cartas no mercado de juros futuros da BM&F no pregão desta terça-feira. Pela manhã, as taxas futuras subiram. Os investidores deram sequência ao processo de aumento de prêmios iniciado ontem, em meio a rumores de aumento das intenções de voto da presidente Dilma Rousseff (PT). Ao longo da tarde, porém, os prêmios recuaram. As tesourarias embolsaram lucros e ajustaram suas posições, à espera de duas pesquisas eleitorais que saem hoje à noite.

Segundo operadores, as taxas longas estão muito sensíveis aos rumores eleitorais e ao vaivém do dólar, o que explica os movimentos abruptos durante o pregão. Com máxima de 12,02%, DI janeiro/2021 era cotado a 11,88% (ante 11,85% ontem, após ajustes). Em 13 de agosto, dia da trágica morte de Eduardo Campos, então candidato do PSB à Presidência da República, o derivativo era negociado a 11,97%. Depois de atingir 12,04% pela manhã, o contrato para janeiro de 2017 desceu para 11,96% à tarde (ante 11,99% ontem). Entre os contratos mais curtos, DI janeiro/2015 estava a 10,87% (ante 10,85%); e o DI janeiro/2016, a 11,77% (ante 11,78%).

Pesquisa CTN/MDA divulgada hoje mostra que Dilma lidera no primeiro turno (36%), seguida por Marina (27,4%) e Aécio Neves (17,6%). Nas simulações para um eventual segundo turno, Dilma bate Marina por 42% contra 41%. Na prática, trata-se de um empate técnico.

Levantamento Vox Populi que estava previsto para sair ontem à noite será divulgado hoje. Boatos dando conta de que essa pesquisa traria a presidente entre quatro e cinco pontos à frente de Marina nas simulações do segundo turno causaram alvoroço ontem e serviram de argumento para a escalada dos prêmios de risco. Investidores aguardam hoje também nova pesquisa do Ibope para a corrida presidencial. Na última divulgação, no dia 16, Marina superava Dilma no segundo turno, com 43% ante 40%.