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Dólar se aproxima de R$ 2,48 e bate nova máxima em quase seis anos

01/10/2014 13h17

O dólar ganhou força no fim da manhã e opera não muito distante da máxima do dia, que se aproximou de R$ 2,48. Prevalece no mercado a percepção de que o Banco Central (BC) não deve agir mais incisivamente para conter a alta da cotação. Essa leitura é endossada com base no fato de a autoridade monetária ter "apenas" reforçado as rolagens de swaps cambiais ao longo de setembro a despeito da disparada de quase 10% do dólar no mês passado.

O BC fez hoje a rolagem de todos os 8 mil contratos de swap cambial ofertados em leilão. A instituição decidiu iniciar as rolagens um mês antes do vencimento dos contratos. Mantida essa oferta, o BC deve fazer a rolagem praticamente integral dos papéis. Na ocasião anterior, a autoridade monetária deu início a essas operações apenas três semanas antes da expiração dos papéis e inicialmente ofertou lotes que possibilitavam rolagem apenas parcial.

O apetite por compras é amparado ainda por novas pesquisas que reforçaram a perspectiva de vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições deste mês. Os resultados das pesquisas Datafolha e Ibope confirmaram a liderança de Dilma no primeiro turno, bem como uma disputa mais acirrada pelo segundo lugar entre Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Há leituras de que o embate mais forte entre Marina e Aécio pode, no fim das contas, beneficiar Dilma, que dessa forma teria mais chances de sustentar uma vantagem razoável sobre seus concorrentes.

Às 13h, o dólar comercial subia 1,18%, a R$ 2,4766. Na máxima, a cotação foi a R$ 2,4787, a mais forte desde 10 de dezembro de 2008, quando chegou a bater R$ 2,5130.

No mercado futuro, o dólar para novembro saltava 1,50%, a R$ 2,4980, depois de alcançar R$ 2,5000.