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Indústria brasileira tem contração em setembro, mostra HSBC/Markit

01/10/2014 12h27

Depois de se expandir pela primeira vez após quatro meses em agosto, a atividade da indústria brasileira voltou a cair em setembro, de acordo com o Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), calculado pelo HSBC e divulgado pela Markit. O indicador cedeu para 49,3 pontos, seguindo os 50,2 pontos em agosto. Leituras abaixo de 50 indicam contração.

Com o resultado de setembro, o PMI fechou o terceiro trimestre de 2014 em 49,6 pontos, sugerindo que a indústria brasileira segue em contração, após um segundo trimestre em que o setor já havia encolhido. O HSBC credita a queda ao enfraquecimento do mercado em geral e à proximidade das eleições.

O Índice Gerentes de Compras mede a atividade da indústria levando em conta itens como produção, emprego, encomendas, estoques e preços, a partir de informações levantadas entre cerca de 400 companhias. Em setembro, as empresas relataram queda de novas encomendas e de produção, cujos subíndices na pesquisa também recuaram abaixo de 50. Enquanto isso, os preços dos insumos e dos produtos cederam simultaneamente pela primeira vez desde agosto de 2009. As empresas atribuíram os preços mais baixos dos produtos finais ao enfraquecimento do mercado.

Das três categorias monitoradas pelo HSBC (bens intermediários, de consumo e de capital), o pior resultado em setembro ocorreu em bens de capital (investimentos). Houve expansão moderada em bens de consumo.

Com a queda na demanda, as novas encomendas caíram pela quinta vez nos últimos seis meses em setembro e à taxa mais rápida desde maio. Da mesma forma, os pedidos do exterior recuaram, após leve alta em agosto.

A indústria também reduziu as compras de insumos - pela primeira vez em três meses - por causa da queda da produção. Como consequência, os estoques de matérias-primas e de produtos pré-fabricados também cederam, enquanto os de produtos finais ficaram estáveis.

Houve demissões na indústria em setembro por causa da queda da produção, segundo as empresas entrevistadas. O desemprego subiu mais no segmento de bens de capital.