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Dólar descola do exterior e flerta com R$ 2,50 por incerteza eleitoral

02/10/2014 13h17

O apetite comprador mais uma vez dá as caras no mercado de câmbio brasileiro, levando o dólar a subir depois de registrar queda moderada mais cedo. A moeda flertou há pouco com R$ 2,50, renovando a máxima desde 2008.

A possibilidade cada vez mais real de o dólar romper essa resistência psicológica deixa o mercado em alerta para uma ação do Banco Central. Ainda assim, está longe um consenso sobre se o BC deve atuar ou não.

O real, novamente, é a moeda de desempenho mais fraco no dia, considerando um grupo de 34 divisas. De acordo com operadores, a questão eleitoral segue como o fator a dominar o humor dos agentes. São esperados resultados hoje de sondagens Ibope e Datafolha. Na dúvida, os investidores decidem comprar dólares diante do receio de as pesquisas sugerirem maiores chances de reeleição do atual governo.

"O real virou uma folha ao vento. Virou moda bater no real", diz o profissional da mesa de câmbio de um banco estrangeiro, considerando que a disparada de quase 11% do dólar desde o início de setembro é "exagerada".

Às 13h, o dólar comercial subia 0,25%, a R$ 2,4901. Na máxima, a cotação foi a R$ 2,4976, maior patamar intradia desde 10 de dezembro de 2008, quando alcançou R$ 2,5130.

No mercado futuro, o dólar para novembro avançava 0,30%, a R$ 2,5095, depois de bater R$ 2,5180 na máxima.

O real, assim, descola de seus pares, que se valorizam. O dólar australiano ganhava 0,72%, enquanto a divisa da Nova Zelândia apreciava-se 1,37%. O peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano ganhavam entre 0,34% e 0,57%.