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Em Santa Catarina, polícia já registra 52 ataques em 21 municípios

02/10/2014 21h02

A onda de atentados a ônibus, instalações policiais e prédios públicos em Santa Catarina, iniciada na sexta-feira (26), continua desafiando as forças de segurança pública. Nesta madrugada, cinco tiros foram disparados contra a guarita de entrada da sede do governo do Estado, sem deixar vítimas. Até o momento, segundo a Polícia Militar, já foram registrados 52 ataques em 21 municípios.

O maior número de ocorrências é de ônibus incendiados (22). Houve também quatro ataques a bases policiais e 13 a residências e automóveis de agentes de segurança. Na noite de segunda-feira (29), um agente prisional aposentado foi assassinado a tiros na porta de casa em Criciúma. A PM informa que 29 suspeitos foram presos, dois mortos e 10 adolescentes, apreendidos.

Para a cúpula da polícia, os atentados são de autoria do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e podem ser comparados a "atos terroristas". Há informações de que a ordem partiu de líderes do grupo criminoso que cumprem pena na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), como retaliação por supostos maus tratos e torturas em prisões de Santa Catarina. A mesma facção é apontada como responsável pelas ondas de violência de 2012 e 2013, que atingiu 54 cidades do Estado. Em maio, a Justiça condenou 80 pessoas pelos atentados.

Na capital, o clima é de toque de recolher quando escurece. Pela terceira noite consecutiva, os moradores ficarão sem transporte coletivo entre 19h e 7h da manhã seguinte. O Ministério da Justiça atendeu ao pedido do governo do estado por novas vagas no sistema prisional federal, para eventual transferência de presos. Não foi solicitada intervenção da Força Nacional de Segurança.