Juros longos têm ligeira alta em pregão de liquidez reduzida na BM&F
Depois de apresentar ligeira alta pela manhã, os juros futuros longos perderam força ao longo da tarde e fecharam esta quinta-feira em leve queda na BM&F, devolvendo os prêmios acumulados na sessão de ontem. Segundo operadores, a expectativa pela divulgação de pesquisas Datafolha e Ibope hoje à noite e a liquidez menor que a usual explicam o vaivém das taxas ao longo do dia.
Com máxima de 12,41%, DI janeiro/2021 era negociado a 12,30% (ante 12,38% ontem, após ajustes); DI janeiro/2017 caiu de 12,33% para 12,29%.
Preso à órbita eleitoral, o mercado deu pouca relevância a alta de 0,7% da produção industrial na passagem de julho para agosto, acima da média de 0,1% apurada pelo Valor Data com 19 instituições financeiras e consultorias. Foi o segundo mês de avanço da produção. Mas esses números nem de longe revertem o quadro de fraqueza crônica da atividade industrial. Não estivessem as expectativas de inflação pressionadas pelo risco depreciação mais acentuada do real e pela necessidade de alta dos preços administrados, seria possível imaginar um afrouxamento monetário no ano que vem. O que se vê na curva a termo, contudo, são chances cada vez maiores de alta da Selic, hoje em 11% ao ano.
Lá fora, as taxas dos Treasuries apresentam leve alta, operando na casa de 2,43%. Mantém-se longe, contudo, do nível de 2,60% observado há duas semanas, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou sua decisão e política monetária e elevou a projeção da taxa de juros no fim do ano que vem.
Uma vez mais, ondas de aversão ao risco provocadas por tensões geopolíticas, como as escaramuças entre a Rússia e as potências ocidentais em torno da Ucrânia e os atuais protestos pró-democracia em Hong Kong, provocaram a tradicional fuga para a qualidade e derrubaram as taxas dos Treasuries.
Apesar da recuperação americana, as expectativas para a economia global são de crescimento medíocre, em meio à estagnação europeia e a desaceleração da China, cujo principal termômetro é o tombo dos preços das commodities.
O Banco Central Europeu (BCE) e seu presidente, Mario Draghi, não entusiasmaram os investidores. Apesar de abraçar medidas heterodoxas, como a compra de títulos lastreados em ativos, o BCE não tem a mesma liberdade e desenvoltura do Fed que lhe permita lançar uma versão continental do ?quantitative easing' americano. Se a política monetária já fez o que podia e a política fiscal segue amarrada pelo mantra da austeridade, não se vê de onde virá estímulos capazes de tirar a economia europeia do chão.
Com máxima de 12,41%, DI janeiro/2021 era negociado a 12,30% (ante 12,38% ontem, após ajustes); DI janeiro/2017 caiu de 12,33% para 12,29%.
Preso à órbita eleitoral, o mercado deu pouca relevância a alta de 0,7% da produção industrial na passagem de julho para agosto, acima da média de 0,1% apurada pelo Valor Data com 19 instituições financeiras e consultorias. Foi o segundo mês de avanço da produção. Mas esses números nem de longe revertem o quadro de fraqueza crônica da atividade industrial. Não estivessem as expectativas de inflação pressionadas pelo risco depreciação mais acentuada do real e pela necessidade de alta dos preços administrados, seria possível imaginar um afrouxamento monetário no ano que vem. O que se vê na curva a termo, contudo, são chances cada vez maiores de alta da Selic, hoje em 11% ao ano.
Lá fora, as taxas dos Treasuries apresentam leve alta, operando na casa de 2,43%. Mantém-se longe, contudo, do nível de 2,60% observado há duas semanas, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou sua decisão e política monetária e elevou a projeção da taxa de juros no fim do ano que vem.
Uma vez mais, ondas de aversão ao risco provocadas por tensões geopolíticas, como as escaramuças entre a Rússia e as potências ocidentais em torno da Ucrânia e os atuais protestos pró-democracia em Hong Kong, provocaram a tradicional fuga para a qualidade e derrubaram as taxas dos Treasuries.
Apesar da recuperação americana, as expectativas para a economia global são de crescimento medíocre, em meio à estagnação europeia e a desaceleração da China, cujo principal termômetro é o tombo dos preços das commodities.
O Banco Central Europeu (BCE) e seu presidente, Mario Draghi, não entusiasmaram os investidores. Apesar de abraçar medidas heterodoxas, como a compra de títulos lastreados em ativos, o BCE não tem a mesma liberdade e desenvoltura do Fed que lhe permita lançar uma versão continental do ?quantitative easing' americano. Se a política monetária já fez o que podia e a política fiscal segue amarrada pelo mantra da austeridade, não se vê de onde virá estímulos capazes de tirar a economia europeia do chão.
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