FGV: Alimentos mais caros elevam inflação da baixa renda em setembro
O fim da queda nos preços dos alimentos de agosto para setembro levou à alta de 0,46% no Índice de Preços ao Consumidor -Classe 1 (IPC-C1), que apura a percepção de inflação entre famílias de menor poder aquisitivo, com ganhos mensais até 2,5 salários mínimos. O indicador ficou estável em agosto. O grupo alimentos e bebidas passou de queda de 0,03% para alta de 0,49% no período.
O economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz comentou que a evolução do indicador até setembro mostra que a inflação entre os mais pobres deve encerrar o ano abaixo da inflação média para todas as faixas de renda.
O IPC-C1 acumula alta 6,53% em 12 meses até setembro. Já o Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que apura a inflação percebida entre famílias com ganhos até 33 salários mínimos mensais, tem taxa acumulada de 6,97% para o mesmo período.
Braz explicou que os preços dos alimentos subiram menos este ano. Isso tem influenciado o IPC-C1 em 12 meses de forma favorável, visto que esses produtos representam 32% dos gastos das famílias mais pobres. "Qualquer movimento no preço dos alimentos tem mais impacto no IPC-C1 do que no IPC-BR. Neste, os alimentos representam 25% dos gastos do consumidor", afirmou.
Outro aspecto mencionado pelo especialista foi a evolução da inflação de serviços, que permanece estacionada na faixa entre 8% a 9% ao ano há mais de quatro anos. No IPC-BR, esse segmento representa quase um terço das despesas das famílias. "Mas no IPC-C1 o peso dos serviços é bem menor. Portanto, a alta da inflação dos serviços, percebida hoje, não tem impacto tão expressivo no indicador", afirmou.
Ele comentou porém que, embora o IPC-C1 deva se posicionar abaixo do IPC-BR este ano, o patamar anual do indicador em 2014 ficará acima do observado em 2013, quando o índice fechou o ano com alta de 4,97%.
O economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz comentou que a evolução do indicador até setembro mostra que a inflação entre os mais pobres deve encerrar o ano abaixo da inflação média para todas as faixas de renda.
O IPC-C1 acumula alta 6,53% em 12 meses até setembro. Já o Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que apura a inflação percebida entre famílias com ganhos até 33 salários mínimos mensais, tem taxa acumulada de 6,97% para o mesmo período.
Braz explicou que os preços dos alimentos subiram menos este ano. Isso tem influenciado o IPC-C1 em 12 meses de forma favorável, visto que esses produtos representam 32% dos gastos das famílias mais pobres. "Qualquer movimento no preço dos alimentos tem mais impacto no IPC-C1 do que no IPC-BR. Neste, os alimentos representam 25% dos gastos do consumidor", afirmou.
Outro aspecto mencionado pelo especialista foi a evolução da inflação de serviços, que permanece estacionada na faixa entre 8% a 9% ao ano há mais de quatro anos. No IPC-BR, esse segmento representa quase um terço das despesas das famílias. "Mas no IPC-C1 o peso dos serviços é bem menor. Portanto, a alta da inflação dos serviços, percebida hoje, não tem impacto tão expressivo no indicador", afirmou.
Ele comentou porém que, embora o IPC-C1 deva se posicionar abaixo do IPC-BR este ano, o patamar anual do indicador em 2014 ficará acima do observado em 2013, quando o índice fechou o ano com alta de 4,97%.
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