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Inflação das famílias de renda mais baixa acelera a 0,46% em setembro

10/10/2014 08h34

A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), subiu 0,46% em setembro, após ter ficado estável em agosto, informa a Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Conta de luz e carne mais caras foram os itens que mais pesaram no mês passado.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,49% no ano, e de 6,53% nos últimos 12 meses. No mesmo período do ano passado, a alta foi de 0,16%.

O IPC-C1 mede a inflação das famílias com renda até 2,5 salários mínimos (R$ 1.810 mensais) e em setembro ficou abaixo da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que marcou alta de 0,49%. Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses, a inflação das famílias de renda mais baixa também é menor que a de 6,97% registrada pelo IPC-BR.

De acordo com a FGV, sete das oito classes de despesa que compõem o IPC-C1 ficaram mais caras, com destaque para alimentação, que saiu de deflação de 0,03% para alta de 0,49%, influenciada principalmente pelas carnes bovinas, que de alta de 0,48% em agosto passaram a subir 2,81% em setembro. Outros grupos em alta foram habitação (0,23% para 0,70%), transportes (-0,25% para 0,41%), saúde e cuidados pessoais (0,20% para 0,42%), comunicação (-0,93% para 0,03%), vestuário (-0,48% para -0,11%) e educação, leitura e recreação (0,38% para 0,48%). Nesses grupos, os destaques partiram da tarifa de eletricidade residencial (-0,20% para 2,79%), tarifa de ônibus urbano (-0,41% para 0,36%), medicamentos em geral (-0,20% para 0,33%), tarifa de telefone residencial (-1,97% para -0,81%), roupas (-0,66% para 0,09%) e show musical (0,75% para 2,75%), respectivamente.

Apenas o grupo despesas diversas (0,12% para 0,06%) registrou desaceleração, influenciado especialmente por clínica veterinária, cuja taxa passou de 1,55% para 1,10%.

Pesos individuais

Individualmente, os itens que mais contribuíram para a inflação das famílias de renda mais baixa foram, além da conta de luz, o aluguel, gás de bujão, frango inteiro e tarifa de ônibus urbano. Os itens que impediram uma alta maior do IPC-C1 foram tomate, batata, taxa de água, conta de telefone e óleo de soja.