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Carlos Siqueira é eleito presidente do PSB por aclamação

13/10/2014 17h21

O Diretório Nacional do PSB elegeu nesta segunda-feira, por aclamação, Carlos Siqueira como o novo presidente da sigla. Siqueira já fazia parte da cúpula do partido e chegou a coordenar a campanha à Presidência do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente de avião em agosto. No entanto, deixou a função por divergências com Marina Silva (PSB).

Segundo afirmou nesta segunda o candidato a vice na chapa do PSB, no entanto, o deputado Beto Albuquerque (RS), Siqueira conversou longamente com a candidata derrotada da legenda à Presidência, Marina Silva.

Ela e Siqueira estavam rompidos desde 21 de agosto, quando Siqueira se afastou da coordenação da campanha. "O estresse já está superado. Não há mais divergências", afirmou Albuquerque, que não quis comentar se esta aproximação poderia significar a permanência de Marina no partido.

A ex-senadora tenta criar um novo partido, o Rede Sustentabilidade, que não está representado na direção do PSB. Entre os dirigentes da sigla, há quem aposte que Marina pode ficar, mesmo sem ter ingerência no comando do partido. "A gente sabe da dificuldade que será criar um novo partido no contexto de uma reforma política", disse o deputado Júlio Delgado. Outros, como o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, acreditam que "é natural e está dentro do combinado" Marina e seu grupo político deixarem a sigla.

Para o prefeito, na nova configuração de forças dentro do partido, "sobressaem São Paulo e Pernambuco", responsáveis pela indicação de Siqueira para a presidência. Na eleição de chapa única, o primeiro vice será o governad or eleito de Pernambuco, Paulo Câmara. O prefeito de Recife, Geraldo Júlio, será o primeiro secretário nacional do PSB, respo nsável pela parte administrativa do partido.

Eleito vice-governador de São Paulo na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin (PSDB), Márcio França permanecerá como secretário de Finanças do PSB.

A eleição de Siqueira ocorreu em uma reunião a portas fechadas do Diretório, um sinal de que persiste o mal estar em uma ala do partido com a decisão da executiva de apoiar a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. Em função da decisão, o então presidente da sigla, Roberto Amaral, afastou-se da direção do partido e sequer participou da reunião de ontem.