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Trégua eleitoral deixa Bovespa em alta; dólar e juros caem

22/10/2014 13h46

O dia mais calmo em termos de noticiário político deixa a bolsa em alta e o dólar estável. Os juros operam em ligeira queda, influenciados por um alívio no exterior.

A nova pesquisa Datafolha não trouxe novidades. Ou seja, o quadro eleitoral segue inalterado. O levantamento mostrou a candidata pelo PT Dilma Rousseff com 52% dos votos válidos e Aécio Neves, do PSDB, com 48%. O levantamento mostra o mesmo placar observado em sondagem divulgada no dia 20 de outubro.

Como pano de fundo, as bolsas sobem na Europa e nos Estados Unidos, e os mercados mais calmos ajudam no alívio dos negócios no Brasil.

Bolsa

O Ibovespa conseguiu se manter no azul até as 11h30 e, após a abertura positiva das bolsas dos Estados Unidos, reforçou essa tendência. O índice subia 0,72% às 13h40, para 52.808 pontos, com Petrobras PN em alta de 1,92% e Petrobras ON subindo 1,79%. O volume financeiro é fraco na comparação com os números de outubro e indicava R$ 2 bilhões às 13 horas.

"Trata-se de um ajuste depois de dois dias de forte queda", diz Álvaro Bandeira, economista-chefe da Órama Investimentos. Ele lembra que os candidatos à Presidência da República seguem em empate técnico e que o momento ainda é de indefinição, com alta volatilidade e retorno do estrangeiro às compras de ações.

Petrobras se recupera e ignora o corte da nota de crédito da empresa, em escala global, pela Moody's, em um degrau, de "Baa1" para "Baa2". A perspectiva para o rating é negativa, o que indica que a agência de classificação de risco vê chances de novo corte no médio prazo.

Câmbio

O dólar oscila em torno da estabilidade frente ao real nesta quarta-feira, numa sessão sem notícias de peso que estimulem a abertura de novas posições na moeda americana, a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais.

O mercado chegou a reagir mais cedo à nova pesquisa Datafolha. Mas o cenário de inflação ainda fraca nos Estados Unidos sugerido pelo índice de preços ao consumidor americano divulgado nesta manhã tirou fôlego do apetite por compras da moeda.

Às 13h40, o dólar comercial operava em queda de 0,18, a R$ 2,4736. No acumulado de segunda e terça-feira, a moeda subiu quase 2%.

"O dólar perto de R$ 2,50 é um dólar com a Dilma vencendo as eleições. Você pode ter um ?calor' no câmbio se ela ganhar, mas pensar num dólar muito mais caro que o de agora não é consenso ainda", diz o diretor de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira.

Juros

Os juros futuros inverteram o sinal e passaram a operar em ligeira queda no fim da manhã. O alívio observado no ambiente externo e que tem efeito direto sobre o dólar contribuiu para esse ajuste.

Mais cedo, os juros subiram com força, pressionados pelo resultado da pesquisa que confirmou a vantagem numérica de Dilma Rousseff em relação a Aécio Neves, e também pelo comportamento do dólar.

Na BM&F, DI janeiro/2017 tinha taxa de 12,10%, de 12,16% ontem. DI janeiro/2021 cedia de 11,94% para 11,86%.