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Lucro da Colgate recua 17,4% no 3º trimestre e empresa reduz projeções

24/10/2014 10h11

O lucro líquido da Colgate-Palmolive, empresa americana de produtos de higiene pessoal e beleza, diminuiu 17,4% no terceiro trimestre, para US$ 542 milhões. Em igual período de 2013, os ganhos haviam somado US$ 656 milhões.

O resultado inclui despesas líquidas de US$ 159 milhões, relacionadas ao programa de reestruturação iniciado em 2012, ajustes para o novo sistema cambial na Venezuela, custos com a venda de terrenos no México e gastos com uma questão tributária estrangeira e relacionados à uma lei europeia de concorrência.

A receita líquida global da companhia diminuiu 0,5% em relação ao mesmo período de 2013, para US$ 4 ,38 bilhões. O volume de produtos comercializados cresceu 2% e os preços subiram 1,5%. A conversão de moedas estrangeiras teve impacto negativo de 4% e, se desconsiderada, a receita cresceria 3,5%. Em mercados emergentes, a receita orgânica (que não contabiliza os efeitos cambiais) avançou 4,5%.

A margem bruta caiu de 58,8% para 58,4% na comparação anual. Apesar da redução de custos, a margem operacional diminuiu de 23,1% para 21,6%. Segundo a companhia, o aumento de custos com matérias-primas e embalagens, incluindo compras em moedas estrangeiras, ofuscou o reajuste de preços e a melhora de eficiência.

Na América Latina, maior mercado da companhia, a receita líquida recuou 4,5% no trimestre, devido ao efeito negativo de 11% do câmbio. O volume avançou 1,5% e os preços subiram 5%. Os ganhos de volume foram conduzidos por Venezuela, México e Colômbia, mas no Brasil o indicador teve recuo. O lucro operacional na região caiu 8% no trimestre, para US$ 330 milhões. O principal motivo para a queda foi o aumento de custos com matérias primas e embalagens.

Na Europa e Pacífico Sul, a receita subiu 0,5%; na América do Norte, avançou 2%; na Ásia, aumentou 1%. Já na África e Eurasia, as vendas diminuíram 3,5%, mas este é o menor mercado da companhia, com 7% de participação.

A empresa reduziu sua projeção para o resultado global neste ano. O presidente Ian Cook informou que, dada a recente deterioração nas taxas de câmbio, a margem bruta deve ficar estável e a expectativa é de lucro por ação de 3% a 4% mais alto.

No segundo trimestre, a projeção era de expansão da margem bruta e de um crescimento de 4% a 5% no lucro por papel no ano.