Fitch: Cenário difícil para empresas brasileiras não muda após eleição
A agência Fitch disse nesta segunda-feira que sua previsão de um cenário difícil para as empresas brasileiras não mudou com o resultado das eleições.
Para a agência de rating, os problemas sistêmicos, como a inflação e o complexo sistema fiscal no país vão continuar a ferir os fluxos de caixa das empresas. Além disso, a demanda doméstica, segundo a Fitch, deve permanecer fraca, assim como a confiança do consumidor, que não deve se recuperar de forma significativa no curto prazo.
"Estes desafios, além de preços menores das commodities, provavelmente, farão com que a alavancagem das empresas aumente, o que pode impulsionar também o número de ratings negativos ao longo de 2015", afirma.
Nesta linha, investimentos que eliminam gargalos de logística seriam fundamentais para acelerar o crescimento econômico, acredita a agência, que ressalta que o nível de intervenção estatal aumentou sob o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
"Sinais mais claros de redução da participação do Estado no setor privado durante o seu segundo mandato seriam importantes para melhorar a confiança dos empresários e incentivar investimentos", diz.
A Fitch ressalta ainda que será crucial para o Brasil continuar atrair capital privado para grandes projetos de infraestrutura para restaurar a qualidade de crédito de empresas brasileiras além de 2015.
Perspectiva negativa
Durante o ano que vem, aproximadamente 15% das 82 empresas brasileiras que a Fitch avalia poderão sofrer uma alteração negativa em seus ratings. "Os rebaixamentos de notas poderão superar elevações numa proporção maior que 2 para 1", alerta a agência.
As empresas do setor elétrico, de açúcar e etanol são as mais vulneráveis a futuros rebaixamentos. As do setor de minério de ferro e celulose irão enfrentar condições fracas nos mercados exteriores por conta do excesso de demanda, mas não deverão ter suas notas rebaixadas, já que devem continuar a gerar fluxo de caixa, segundo previsões da agência.
Já o setor de processamento de carne e frigoríficos deverá receber ações de ratings mais positivas que negativas. "Os preços menores dos grãos e a demanda crescente por proteína animal devem continuar em 2015; a projeção é de balanços fortes devido ao bom desempenho operacional esperado", prevê a agência.
Controle de gastos
A taxa média de alavancagem das empresas brasileiras deverá aumentar em 2015 para mais de 3,2 vezes, partindo de 3 vezes no começo de 2014, segundo a Fitch. Esse nível de alavancagem seria menor do que a média de 3,4 vezes em 2010, mas ainda fica acima da média de 2009, quando era de 2,8 vezes, cita a agência.
"Esse cenário é um reflexo de 70% das companhias brasileiras terem um crédito a taxas elevadas", explica.
Desta forma, segundo a Fitch, o controle do nível de investimentos e de custos será imprescindível para que as companhias compensem a falta de crescimento em suas receitas. "O controle de gastos será crucial para que as empresas evitem que suas notas sejam rebaixadas em 2015", afirma a agência.
Para a agência de rating, os problemas sistêmicos, como a inflação e o complexo sistema fiscal no país vão continuar a ferir os fluxos de caixa das empresas. Além disso, a demanda doméstica, segundo a Fitch, deve permanecer fraca, assim como a confiança do consumidor, que não deve se recuperar de forma significativa no curto prazo.
"Estes desafios, além de preços menores das commodities, provavelmente, farão com que a alavancagem das empresas aumente, o que pode impulsionar também o número de ratings negativos ao longo de 2015", afirma.
Nesta linha, investimentos que eliminam gargalos de logística seriam fundamentais para acelerar o crescimento econômico, acredita a agência, que ressalta que o nível de intervenção estatal aumentou sob o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
"Sinais mais claros de redução da participação do Estado no setor privado durante o seu segundo mandato seriam importantes para melhorar a confiança dos empresários e incentivar investimentos", diz.
A Fitch ressalta ainda que será crucial para o Brasil continuar atrair capital privado para grandes projetos de infraestrutura para restaurar a qualidade de crédito de empresas brasileiras além de 2015.
Perspectiva negativa
Durante o ano que vem, aproximadamente 15% das 82 empresas brasileiras que a Fitch avalia poderão sofrer uma alteração negativa em seus ratings. "Os rebaixamentos de notas poderão superar elevações numa proporção maior que 2 para 1", alerta a agência.
As empresas do setor elétrico, de açúcar e etanol são as mais vulneráveis a futuros rebaixamentos. As do setor de minério de ferro e celulose irão enfrentar condições fracas nos mercados exteriores por conta do excesso de demanda, mas não deverão ter suas notas rebaixadas, já que devem continuar a gerar fluxo de caixa, segundo previsões da agência.
Já o setor de processamento de carne e frigoríficos deverá receber ações de ratings mais positivas que negativas. "Os preços menores dos grãos e a demanda crescente por proteína animal devem continuar em 2015; a projeção é de balanços fortes devido ao bom desempenho operacional esperado", prevê a agência.
Controle de gastos
A taxa média de alavancagem das empresas brasileiras deverá aumentar em 2015 para mais de 3,2 vezes, partindo de 3 vezes no começo de 2014, segundo a Fitch. Esse nível de alavancagem seria menor do que a média de 3,4 vezes em 2010, mas ainda fica acima da média de 2009, quando era de 2,8 vezes, cita a agência.
"Esse cenário é um reflexo de 70% das companhias brasileiras terem um crédito a taxas elevadas", explica.
Desta forma, segundo a Fitch, o controle do nível de investimentos e de custos será imprescindível para que as companhias compensem a falta de crescimento em suas receitas. "O controle de gastos será crucial para que as empresas evitem que suas notas sejam rebaixadas em 2015", afirma a agência.
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