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Índice de Confiança do Comércio cai 10,3% em outubro, mostra FGV

27/10/2014 08h36

A confiança dos empresários do varejo se deteriorou ainda mais no trimestre encerrado em outubro, segundo sondagem feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Comércio apurado pela instituição caiu 10,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. No trimestre findo em agosto a queda tinha sido de 7,3% e, em setembro, de 8,7%.

Tomando-se apenas outubro, as variações continuam muito negativas, mas a evolução foi mais favorável: o índice de outubro foi 8,7% inferior ao do mesmo mês do ano passado, depois de recuar 11,6% em setembro.

"A confiança do comércio continua baixa em termos históricos e não sinaliza muita empolgação do set or com as vendas de final de ano. Considerando os dois horizontes temporais da pesquisa, a percepção sobre o nível atual de demanda evoluiu de forma ligeiramente favorável no mês, mas as expectativas ainda não apresentam evidências e melhora", afirma, em nota, Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV/Ibre.

O Índice de Expectativas (IE) passou de queda de 4,2% no trimestre encerrado em setembro, para recuo de 6,8% em outubro. No mesmo período e bases de comparação, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 15,9% pelo segundo mês consecutivo. Tomando-se apenas outubro, o IE saiu de queda de 7,6% em setembro, para recuo de 7,8% em outubro, e o ISA-COM, de -17,9% para -10,2%.

Na base de comparação trimestral, todos os cinco principais setores apresentaram piora da confiança. As taxas mais expressivas foram registradas nos segmentos veículos, motos e peças (de -13,8%, no trimestre findo em setembro, para -17,4% em outubro) e material para construção (de -10,0% para -10,8%. Na mesma base de comparação, o IE também caiu em todos os principais segmentos.

O Índice da Situação Atual (ISA) retrata a percepção do setor em relação à demanda no momento presente. Na média do trimestre findo em outubro, 10,3% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 29,0%, como fraca. No mesmo período de 2013, estes percentuais haviam sido de 16,2% e 19,5%, respectivamente.

Entre setembro e outubro, o indicador que mede o otimismo em relação à situação dos negócios nos seis meses seguintes apresentou evolução desfavorável na base de comparação interanual trimestral, ao passar de uma variação interanual de -4,3% para -7,6%. Já a taxa de variação do indicador que mede o otimismo com às vendas nos três meses seguintes passou de -4,0% para -6,1%.

Para Sondagem do Comércio de outubro, a FGV coletou informações de 1.146 empresas entre os dias 01 e 23 deste mês.