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Custos com demissões levam lucro da Bombardier a cair 49% no 3o. tri

30/10/2014 09h51

O lucro da fabricante canadense de aviões Bombardier caiu 49,7% no terceiro trimestre, em comparação com os mesmos meses de 2013, e terminou o período em US$ 74 milhões, aponta balanço divulgado nesta quinta-feira pela empresa. A piora, no entanto, foi em grande parte causada por despesas extraordinárias com demissões.

Ao mesmo tempo, a receita líquida da companhia cresceu 20,9% e terminou em US$ 4,91 bilhões. A empresa informou que as entregas de aeronaves totalizaram 71 unidades entre julho e setembro, 57,8% a mais em um ano, e as encomendas chegaram a 76 aviões, praticamente o triplo na mesma comparação.

Segundo o relatório da administração, agora a carteira de pedidos firmes da área de aviões está em US$ 37,9 bilhões. Em dezembro do ano passado, esse nível era de US$ 37,3 bilhões. Em transportes, o patamar é de US$ 34,5 bilhões, contra US$ 32,4 bilhões, na mesma comparação.

Não fosse o efeito da reestruturação em curso na canadense, mesmo o avanço de 21,5% nos custos, para US$ 4,23 bilhões, não seria suficiente para derrubar o resultado. O lucro operacional excluídas as despesas com demissões ficou em US$ 291 milhões, expansão de 38,6%.

Entretanto, a Bombardier decidiu cortar 2 mil postos de trabalho na área de aviação, principalmente no Canadá, nos Estados Unidos e no Reino Unido. Além disso, foram dispensados 900 funcionários na unidade de trens. No total, esses gastos ficaram em US$ 120 milhões, pesando sobre o balanço do trimestre.

"Nossa nova estrutura, mais leve, vai resultar em uma organização mais ágil e ao mesmo tempo conseguiremos reduzir nossos custos. Isso, em combinação com nossos investimentos em novos produtos, vai garantir nossa liderança de mercado", disse Pierre Beaudoin, presidente da fabricante de aviões.

No segmento de aviação, a Bombardier é a principal concorrente da brasileira Embraer, porque produz aeronaves de médio porte, de 50 a 160 assentos.