Países precisam avançar em reformas, afirma Gaspar, do FMI
As pressões imediatas sobre a situação fiscal global melhoraram nos últimos anos, com redução dos prêmios pagos pelos países para se financiarem no mercado, mas riscos e vulnerabilidades ainda relevantes, como baixo crescimento e redução do PIB potencial, vão exigir reformas estruturais e uma política fiscal mais "inteligente". Essa é a avaliação de Vitor Gaspar, diretor do departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI), apresentada nesta sexta-feira durante o Encontro de Política Fiscal promovido pela FGV Projetos.
Gaspar, que foi ministro das Finanças de Portugal antes de assumir o cargo no FMI, observou que as pressões imediatas sobre os países diminuíram nos últimos seis meses, de acordo com o Monitor Fiscal do FMI, divulgado em outubro. Os retornos dos títulos de dez anos, por exemplo, caíram na maior parte dos países, o que significa que o acesso aos mercados está um pouco mais fácil, enquanto a política fiscal está se movendo em direção à neutralidade.
Ao mesmo tempo, porém, ainda existem grandes desafios que precisarão ser enfrentados. O ritmo de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ao redor do globo, por exemplo, é bastante divergente, com fortes taxas de crescimento na África subsaariana, enquanto na Europa ainda há risco de contração das economias.
Além disso, o crescimento potencial de boa parte das nações se reduziu ao longo dos últimos anos e a queda dos preços das commodities e do petróleo, principalmente, tornam mais difíceis as previsões em relação à capacidade de expansão das economias nos próximos anos e o endividamento segue bastante elevado. Outro problema, na avaliação de Gaspar, é que na maior parte dos países a inflação está muito baixa, embora este não seja um problema partilhado pelo Brasil.
Neste cenário, afirma Gaspar, as reformas estruturais terão que ter papel prioritário para que o crescimento potencial da economia volte a crescer. Em sua avaliação, isso significa aumentar a produtividade do mercado de trabalho e dos demais fatores de produção, mas não há uma receita única para cada país, já que os problemas não são os mesmos.
Como ainda há necessidade de consolidação fiscal, afirmou, outra medida de política econômica que deveria ser priorizada é de ter uma política de gastos mais inteligente, que priorize a manutenção do emprego e da renda, com maior eficiência do gasto governamental. "O mundo precisará enfatizar reformas estruturais e adotar uma politica fiscal mais inteligente, que mantenha empregos e diminua déficit."
A transparência, neste sentido, ganha ainda maior relevância, na avaliação do diretor do FMI. Gaspar enfatizou a necessidade de ter indicadores para as diferentes esferas do governo, desde o orçamento do governo central até um balanço do setor público consolidado, que inclua o setor financeiro, para que seja possível avalia mais precisamente qual é a situação fiscal e os riscos de cada país.
Gaspar, que foi ministro das Finanças de Portugal antes de assumir o cargo no FMI, observou que as pressões imediatas sobre os países diminuíram nos últimos seis meses, de acordo com o Monitor Fiscal do FMI, divulgado em outubro. Os retornos dos títulos de dez anos, por exemplo, caíram na maior parte dos países, o que significa que o acesso aos mercados está um pouco mais fácil, enquanto a política fiscal está se movendo em direção à neutralidade.
Ao mesmo tempo, porém, ainda existem grandes desafios que precisarão ser enfrentados. O ritmo de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ao redor do globo, por exemplo, é bastante divergente, com fortes taxas de crescimento na África subsaariana, enquanto na Europa ainda há risco de contração das economias.
Além disso, o crescimento potencial de boa parte das nações se reduziu ao longo dos últimos anos e a queda dos preços das commodities e do petróleo, principalmente, tornam mais difíceis as previsões em relação à capacidade de expansão das economias nos próximos anos e o endividamento segue bastante elevado. Outro problema, na avaliação de Gaspar, é que na maior parte dos países a inflação está muito baixa, embora este não seja um problema partilhado pelo Brasil.
Neste cenário, afirma Gaspar, as reformas estruturais terão que ter papel prioritário para que o crescimento potencial da economia volte a crescer. Em sua avaliação, isso significa aumentar a produtividade do mercado de trabalho e dos demais fatores de produção, mas não há uma receita única para cada país, já que os problemas não são os mesmos.
Como ainda há necessidade de consolidação fiscal, afirmou, outra medida de política econômica que deveria ser priorizada é de ter uma política de gastos mais inteligente, que priorize a manutenção do emprego e da renda, com maior eficiência do gasto governamental. "O mundo precisará enfatizar reformas estruturais e adotar uma politica fiscal mais inteligente, que mantenha empregos e diminua déficit."
A transparência, neste sentido, ganha ainda maior relevância, na avaliação do diretor do FMI. Gaspar enfatizou a necessidade de ter indicadores para as diferentes esferas do governo, desde o orçamento do governo central até um balanço do setor público consolidado, que inclua o setor financeiro, para que seja possível avalia mais precisamente qual é a situação fiscal e os riscos de cada país.
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