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Inflação de famílias de baixa renda sobe 0,46% em outubro e 6,24% em um ano

12/11/2014 08h51

A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), subiu 0,46% em outubro, mesma taxa de setembro, informa a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mesmo período do ano passado, a alta foi de 0,73%.

Com o resultado de outubro, o indicador acumula alta de 4,97% no ano, e de 6,24% nos últimos 12 meses.

Aluguel, contas de gás e água foram os itens que mais pesaram no bolso dessas famílias no mês passado. A alta do grupo alimentos, o de maior peso, desacelerou.

O IPC-C1 mede a inflação das famílias com renda até 2,5 salários mínimos (R$ 1.810 mensais) e em outubro ficou acima da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que subiu 0,43%. Na comparação do acumulado em 12 meses, contudo, o IPC-C1 ficou abaixo do IPC-BR, que subiu 6,84%.

Em outubro, ante o mês anterior, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram taxas mais altas: vestuário (-0,11% para 0,96%), saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,57%), comunicação (0,03% para 0,31%) e despesas diversas (0,06% para 0,13%). Nesses grupos, os destaques partiram de roupas (0,09% para 0,91%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,31% para 0,87%), tarifa de telefone residencial (-0,81% para 0,11%) e alimentos para animais domésticos (-0,24% para 0,38%), respectivamente.

Em contrapartida, habitação (0,70% para 0,55%), transportes (0,41% para 0,12%), alimentação (0,49% para 0,43%) e educação, leitura e recreação (0,48% para 0,38%) desaceleraram. Nessas classes de despesa, destacaram-se a tarifa de eletricidade residencial (2,79% para -0,22%), tarifa de ônibus urbano (0,36% para 0,05%), carnes bovinas (2,81% para 1,51%) e passagem aérea (12,13% para -8,18%), respectivamente.

Tomate e aluguel foram itens que mais pesaram na inflação

Individualmente, os itens que mais puxaram a alta da inflação das famílias de baixa renda foram tomate (-12,82% para 17,35%), aluguel residencial (0,60% para 0,66%), gás de bujão (1,92% para 2,05%), taxa de água e esgoto (-1,17% para 1,05%) e refeições em bares e restaurantes (0,43% para 0,52%).

Em sentido contrário, os itens que mais contribuíram para frear os preços pertencem todos ao grupo alimentos: cebola (10,25% para -16,49%), ovos (-2,36% para -4,44%), banana-prata (-1,24% para -3,59%), e leite longa vida (0,96% para 0,60%).