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Dólar segue nas máximas em quase dez anos ante real

17/11/2014 09h56

O dólar começa a semana ainda próximo dos maiores níveis em quase uma década ante o real, voltando a superar R$ 2,61 na máxima do dia. Além das incertezas internas com a política econômica, operadores priorizam as ordens de compra de olho no exterior, onde o dólar se fortalece em meio a um quadro de maior aversão ao risco.

Às 9h47, o dólar comercial subia 0,54%, a R$ 2,6125, após bater R$ 2,6180 na máxima. O dólar para dezembro tinha alta de 0,33%, para R$ 2,6215.

O PIB japonês recuou 1,6% entre julho e setembro, em termos anualizados, impactado ainda pelo aumento do imposto sobre consumo, que retraiu a demanda de consumidores e empresas. O dado frustrou expectativas de economistas, que previam alta de 2,25%. Como a economia havia declinado 7,3% entre abril e junho, o Japão entrou em recessão técnica pelo critério de dois trimestres seguidos de PIB em queda.

A agenda americana também pode influenciar os negócios no mercado cambial nesta segunda-feira. São esperados números de produção industrial do país de outubro e de atividade empresarial em novembro na região de Nova York. Merecem atenção ainda declarações do presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, que discusará em evento.

Aqui, seguem as preocupações com o rumo da política macroeconômica, centradas agora na escolha do ministro da Fazenda no lugar de Guido Mantega. A expectativa deve aumentar nos próximos dias, uma vez que a presidente Dilma Rousseff já afirmou que anunciaria o nome apenas após a reunião do G-20, ocorrida no último fim de semana na Austrália.

Em entrevista coletiva ao participar do encontro, a presidente Dilma afirmou que o corte de gastos se dará sobre despesas que não sejam consideradas legítimas, aquelas que não necessariamente levam a ampliação do investimento e do consumo.

A questão fiscal é um dos pontos centrais no debate em torno da política econômica. O mercado vem punindo os ativos brasileiros, entre eles o real, em meio a crescentes dúvidas sobre a disposição do governo em tornar as contas públicas mais transparentes e promover ajustes fiscais críveis que evitem a perda do grau de investimento.