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Índice de Confiança de Serviços atinge menor patamar desde 2008, diz FGV

27/11/2014 08h34

Depois de interromper uma série de nove quedas em outubro, o Índice de Confiança de Serviços voltou a cair neste mês, com um pessimismo mais generalizado entre os segmentos do setor, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas). O indicador recuou 2,1%, de 101,9 pontos no mês passado, para 99,8 pontos, o mais baixo nível desde o início da série histórica da pesquisa, iniciada em junho de 2008. Na comparação com o mesmo período em 2013, houve queda de 14,3%.

O resultado negativo foi determinado tanto pelas avaliações sobre o presente quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual (ISA), recuou 3,8%, após queda de 3,3% no mês anterior. Pelo terceiro mês consecutivo, esse índice alcançou o nível mais baixo da série histórica (76,3 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE), que havia avançado 4,4% em outubro, recuou 1,1%, chegando aos 123,2 pontos neste mês.

"Em novembro, a percepção das empresas de serviços voltou a declinar, não confirmando a ligeira reação observada em outubro. Este mês, os sinais de avaliação desfavorável sobre as condições do setor se ampliaram de forma mais disseminada, atingindo os dois componentes do índice de confiança (situação atual e expectativas) e 9 dos 12 segmentos pesquisados.

Com isso, a confiança do setor atingiu seu menor nível da série histórica dos indicadores, o que deve se traduzir na manutenção de um ritmo de atividade bastante moderado para os próximos meses", avaliou, em nota, Silvio Sales, consultor da FGV/Ibre.

A avaliação negativa da situação atual atingiu dez dos 12 segmentos pesquisados e foi determinada pela redução de 4,5% do subindicador de situação atual dos negócios e de 2,9% do subindicador de volume de demanda atual.

A proporção de empresas que percebem a situação dos negócios como boa diminuiu de 13,8% para 11,6% e a das que avaliam esse aspecto como ruim aumentou de 30,0% para 31,6%. A proporção de empresas que avaliam o volume de demanda atual como forte diminuiu de 9,9% para 7,4% e a parcela das que o avaliam como fraco passou de 35,1% a 34,8%.

Já a piora do IE entre outubro e novembro foi menos disseminada, atingindo seis dos 12 segmentos pesquisados, tendo sido determinada pela redução do subindicador de tendência dos negócios (-2,2%), uma vez que o subindicador de demanda prevista ficou estável.

A proporção de empresas esperando melhora da situação dos negócios baixou de 36,0% para 35,2% enquanto a parcela das que esperam uma piora aumentou de 10,5% para 12,4%. A proporção de empresas prevendo aumento da demanda avançou de 32,5% para 34,7%, mas a parcela das que preveem demanda menor também aumentou, de 8,9% para 11,1%.