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Juros do cheque especial chegam a quase 13% ao mês, mostra Procon

17/12/2014 10h00

O cheque especial é um dos créditos mais caros do mercado, e novamente está mais salgado para o consumidor, segundo pesquisa feita pela Fundação Procon-SP no estado paulista.

Conforme o levantamento, apurado junto a sete bancos, a taxa média do cheque especial subiu para 10,15% ao mês, contra 10% mensais em novembro, o que representa uma elevação de 0,15 ponto percentual. A maior taxa é verificada no banco Santander, em que os juros do cheque especial chegam a 12,99% ao mês.

Do total de bancos pesquisados, quatro aumentaram a taxa desse crédito. Enquanto isso, no empréstimo pessoal, duas instituições elevaram a taxa, sendo que em um dos bancos pesquisados houve redução, e nos demais os índices se mantiveram iguais aos apurados no mês anterior.

No caso do cheque especial, a maior alta nos juros foi encontrada na Caixa Econômica Federal, que alterou a taxa de 6,33% para 7,03% ao mês, aumento de 11,06 pontos percentuais em relação à taxa de novembro. O HSBC registrou variação positiva de 2,50%; Banco do Brasil, 0,22%; e Bradesco, 0,21%. Os demais bancos registraram as mesmas taxas do mês anterior.

Segundo levantamento feito pelo Valor, a partir de dados do Banco Central (BC), as taxas do cheque especial variam de 1,45% a 12,64% ao mês. No ano, os juros ultrapassam 300%. Para se ter uma ideia, uma dívida de R$ 1.000 custará R$ 1.126,34 ao fim de quase quatro meses. Em outras modalidades, como crédito pessoal e crédito consignado, o débito não supera R$ 1.100. O cheque especial só ganha, em custo total, do rotativo do cartão de crédito, situação em que é feito o pagamento mínimo da fatura e a dívida é rolada por meses.

Empréstimo pessoal

A taxa média no crédito pessoal foi de 5,85% ao mês, queda de 0,16 ponto percentual em relação a novembro, quando a taxa apurada foi de 6,01% mensais. A maior alta de juros, assim como no cheque especial, foi verificada na Caixa, que subiu sua taxa de 3,75% para 3,91% ao mês. Outro banco que elevou o índice foi o Itaú, com variação positiva de 0,48%.

A única queda constatada foi no Bradesco, alteração de 7,76% para 6,45% ao mês, variação negativa de 16,88% em relação à taxa de novembro. Nos demais bancos, a taxa permaneceu a mesma.

A recomendação do Procon para este fim de ano é evitar novos empréstimos, tendo em vista o aumento sucessivo dos juros.

"Os consumidores devem também evitar a utilização do limite do cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, programando seus gastos na exata medida do seu orçamento. E aos que tiverem possibilidade de quitar os tributos de início do ano como IPTU e IPVA, que o façam à vista, uma vez que os descontos costumam se apresentar bem vantajosos, diminuindo o comprometimento da renda nos meses seguintes", orienta o órgão de defesa ao consumidor.