Suplicy despede-se do Senado responsabilizando PT por derrota em SP
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez nesta quarta-feira seu último discurso em 24 anos de tribuna do Senado, para um grupo de 49 parlamentares desatentos, que aguardavam quórum para a votação de uma emenda constitucional sobre ciência e tecnologia. Suplicy começou a falar às 21h, de maneira apressada, contrariando seu estilo de fala pausada que se tornou uma marca em seus três mandatos no Senado.
O senador paulista foi o primeiro do PT a ser eleito para a Casa, em 1990. Antes, havia cumprido em Brasília um mandato como deputado federal, entre 1982 e 1986, ocasião em que fez parte da primeira bancada do PT a chegar à Câmara. Suplicy era o último sobrevivente da geração dos oito petistas que venceram a primeira eleição legislativa do partido, há 32 anos.
Em seu discurso, Suplicy responsabilizou o partido pela sua derrota na terceira tentativa de se reeleger, em outubro. "Vivemos um tsunami que atingiu o PT em São Paulo. O excelente candidato a governador Alexandre Padilha teve 18% dos votos. A querida presidente Dilma Rousseff conseguiu 25%. E eu obtive 31,5%. Cumpri o meu dever ao longo desses 24 anos. Necessitamos refletir sobre os erros que cometemos e não repetir os tropeços que macularam nossa imagem", disse.
Suplicy também procurou tirar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a paternidade sobre o Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda. O senador petista lembrou que apresentou um projeto estabelecendo uma renda básica mínima universal em 1991. Em 1997, o então presidente Fernando Henrique Cardoso passou a financiar 50% dos programas municipais e estaduais desta natureza. Em 2001, Fernando Henrique lançou o Bolsa-Educação, o Bolsa-Alimentação e o Vale Gás. Suplicy frisou que Lula unificou os programas existentes em 2003 e os ampliou, quadruplicando o número de beneficiários entre 2003 e 2014.
Entre os que o apartearam para homenageá-lo, esteve a senadora Marta Suplicy (PT-SP), sua esposa até 2009, quando o casamento foi desfeito. Marta destacou que Suplicy sempre conseguiu ter uma atuação nacional como senador, não se limitando à política paulista. "Quero parabenizá-lo pelos seus ideais e coerência que sempre caracterizaram sua vida", disse a senadora. Ao responder, Suplicy conteve o choro. "Sou testemunha da admiração e respeito que vossa excelência granjeou na periferia de São Paulo", disse.
O senador paulista foi o primeiro do PT a ser eleito para a Casa, em 1990. Antes, havia cumprido em Brasília um mandato como deputado federal, entre 1982 e 1986, ocasião em que fez parte da primeira bancada do PT a chegar à Câmara. Suplicy era o último sobrevivente da geração dos oito petistas que venceram a primeira eleição legislativa do partido, há 32 anos.
Em seu discurso, Suplicy responsabilizou o partido pela sua derrota na terceira tentativa de se reeleger, em outubro. "Vivemos um tsunami que atingiu o PT em São Paulo. O excelente candidato a governador Alexandre Padilha teve 18% dos votos. A querida presidente Dilma Rousseff conseguiu 25%. E eu obtive 31,5%. Cumpri o meu dever ao longo desses 24 anos. Necessitamos refletir sobre os erros que cometemos e não repetir os tropeços que macularam nossa imagem", disse.
Suplicy também procurou tirar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a paternidade sobre o Bolsa Família, o principal programa de transferência de renda. O senador petista lembrou que apresentou um projeto estabelecendo uma renda básica mínima universal em 1991. Em 1997, o então presidente Fernando Henrique Cardoso passou a financiar 50% dos programas municipais e estaduais desta natureza. Em 2001, Fernando Henrique lançou o Bolsa-Educação, o Bolsa-Alimentação e o Vale Gás. Suplicy frisou que Lula unificou os programas existentes em 2003 e os ampliou, quadruplicando o número de beneficiários entre 2003 e 2014.
Entre os que o apartearam para homenageá-lo, esteve a senadora Marta Suplicy (PT-SP), sua esposa até 2009, quando o casamento foi desfeito. Marta destacou que Suplicy sempre conseguiu ter uma atuação nacional como senador, não se limitando à política paulista. "Quero parabenizá-lo pelos seus ideais e coerência que sempre caracterizaram sua vida", disse a senadora. Ao responder, Suplicy conteve o choro. "Sou testemunha da admiração e respeito que vossa excelência granjeou na periferia de São Paulo", disse.
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