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Juro médio das operações de crédito fica estável em 21,3% em novembro

22/12/2014 11h20

A taxa de juro média cobrada pelo sistema financeiro nas suas operações de crédito ficou estável em 21,3% ao ano em novembro ante outubro, segundo dados divulgados há pouco pelo Banco Central (BC). Como o BC vem elevando a taxa básica Selic e esse movimento deve se manter em 2015, a tendência é de que o custo do dinheiro suba ao longo do ano que vem.

Em novembro, o juro médio para a pessoa física recuou 0,1 ponto percentual, para 28% ao ano. Para as empresas, a taxa se manteve em 16% ao ano.

Spread

O spread médio do sistema, ou seja, a diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar recursos e o quanto cobram para emprestá-los, caiu de 12,8 pontos percentuais em outubro para 12,6 pontos no mês passado. A taxa de captação dos bancos teve alta de 0,2 ponto, para 8,7% ao ano.

Nas operações de crédito com pessoas físicas, o spread caiu de 19,2 pontos percentuais para 18,9 pontos percentuais de outubro para novembro. No crédito às empresas, foi verificada queda de 7,8 pontos para 7,6 pontos no mês passado.

Concessões

O sistema financeiro concedeu em novembro 7% a menos em novos empréstimos e financiamentos, comparativamente a outubro. O número leva em conta as concessões totais em cada mês.

Considerando a média por dia útil, porém, houve aumento. O fluxo de crédito por esse critério avançou 7% em novembro na comparação com outubro.

Houve queda nas concessões para empresas e nas operações com famílias. Na comparação dos volumes acumulados em cada mês, as concessões para clientes corporativos diminuíram 5,8% ante o mês anterior, somando R$ 142,5 bilhões em novembro.

Para as famílias, o sistema financeiro concedeu R$ 164,7 bilhões em novos empréstimos e financiamentos, 7,9% abaixo do que tinha concedido em outubro.

Sob o ponto de vista do tipo de recurso usado pelas instituições para dar o crédito, a concessão com recursos livres caiu 6,7% e com recursos direcionados cedeu 8,3% no mês passado.

As concessões no crédito direcionado encolheram 7% nas operações com pessoas físicas, enquanto foi registrada uma baixa de 9,6% nas operações com empresas.

Quando são consideradas as concessões no crédito livre, o volume caiu 5,1% nas operações com empresas e encolheu 8,1% nas operações com as famílias.