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Inflação das famílias de menor renda subiu 6,29% em 2014, diz FGV

12/01/2015 09h56

A inflação das famílias de menor renda subiu 0,70% em dezembro e acumulou alta de 6,29% em 2014, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 2013, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para quem ganha até 2,5 salários, subiu bem menos, 4,98%.

Outro indicador de inflação de menor renda, o INPC, calculado pelo IBGE, acumulou alta parecida, de 6,23% em 2014. Em 2013, o acumulado foi de 5,56%. Além das diferenças de metodologias e número de locais pesquisados, o INPC leva em conta famílias que ganham até cinco salários mínimos.

A taxa de dezembro e a acumulada em 12 meses do IPC-C1 foram menores que a inflação geral, medida pelo IPC-BR, que subiu 0,75% em 6,87%, respectivamente, disse a FGV. Já o IPCA, que é o índice de inflação oficial do país, subiu 0,78% em dezembro e terminou o ano com alta de 6,41%.

No ano, o grupo educação, leitura e recreação foi o que apresentou a maior alta no IPC-C1, de 8,67%. Alimentação, o de maior peso, subiu 7,48%. Os demais grupos tiveram as seguintes taxas: despesas diversas (7,69%), habitação (7,13%), saúde e cuidados pessoais (6,29%), transportes (3,52%), vestuário (3,37%) e comunicação (0,77%).

Em dezembro, 6 de 8 categorias subiram

Tomando-se apenas dezembro, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram taxas mais altas: alimentação (0,76% para 1,05%), transportes (0,08% para 0,72%), saúde e cuidados pessoais (0,22% para 0,40%), vestuário (0,41% para 0,59%), comunicação (0,27% para 0,56%) e despesas diversas (0,20% para 0,24%).

Nesses grupos, os destaques partiram dos itens: arroz e feijão (-0,82% para 3,26%), tarifa de ônibus urbano (-0,48% para 0,59%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,19% para 0,36%), roupas (0,22% para 0,81%), tarifa de telefone móvel (0,59% para 1,28%) e clínica veterinária (0,04% para 2,30%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos habitação (0,76% para 0,55%) e educação, leitura e recreação (1% para 0,43%) tiveram variações menores graças a conta de luz (2,81% para 1,14%) e hotel (1,74% para -0,99%), respectivamente.