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Juros futuros sobem com alta do dólar e aumento da percepção de risco

12/01/2015 16h46

Os juros futuros avançaram nesta segunda-feira na BM&F acompanhando a alta do dólar e o aumento da percepção de risco, na esteira de nova queda dos preços do petróleo e da corrida dos investidores aos títulos do Tesouro americano (Treasuries). Segundo operadores, o avanço das taxas futuras reflete basicamente um movimento de correção, após a forte redução dos prêmios no fim da semana passada.

Por aqui, esquenta o debate sobre o ritmo e a magnitude do aperto monetário doméstico. Na semana passada, com dados fracos de atividade e diminuição dos temores de depreciação mais forte do real no curto prazo, tornaram-se minoritárias as apostas na possibilidade de que o Comitê de Política Monetária (Copom) pudesse aumentar a Selic em 0,75 ponto percentual na semana que vem. Também foram reduzidos os prêmios de risco associados à possibilidade de que a taxa básica supere 13% neste ano.

Segundo operadores, esse quadro não se alterou com a alta das taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) curtos hoje na BM&F. Com apenas 63 mil contratos transacionados, DI abril/2015 ? veículo das apostas para os encontros do Copom neste mês e em março ? era negociado a 12,22% (ante 12,19%). Já o contrato para janeiro de 2016 ? que abrange as expectativas para o rumo da Selic ao longo deste ano ? avançou de 12,69% para 12,74%.

Embora os DIs mais curtos tenham avançado hoje, a correção foi mais expressiva entre as taxas intermediárias e longas, mais sensíveis ao ambiente externo, marcado por aversão ao risco. A busca por proteção fez os investidores comprarem Treasuries. A taxa do papel de 10 anos era negociada a 1,929% (ante 1,969%). Por aqui, janeiro/2017 passou de 12,48% para 12,57%, e DI janeiro/2021, de 12,05% para 12,17%.