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Bovespa fecha em alta e encerra semana volátil acima dos 49 mil pontos

16/01/2015 17h29

A Bovespa reagiu nesta sexta-feira e conseguiu fechar ligeiramente acima do patamar de 49 mil pontos, acumulando leve alta na semana, com ajuda das ações dos setores de educação, siderurgia e mineração. A proximidade do vencimento de opções, que acontece na segunda-feira, também ajudou a movimentar as ações de maior peso do Ibovespa.

O Ibovespa subiu 2,06%, para 49.016 pontos, com volume de R$ 6,050 bilhões. Desta forma, a bola brasileira acumulou ganho de 0,36% na semana, mas ainda perde 1,98% em janeiro.

Por volta de 17h15, em Nova York, o índice Dow Jones avançava 0,52%, o Nasdaq subia 0,76% e o S&P 500 tinha alta de 0,76%. Lá fora, a recuperação das bolsas acompanha a reação no preço do barril do petróleo. Além disso, há expectativa por anúncios de novos estímulos econômicos pelo Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana.

A Agência Internacional de Energia (AIE) informou hoje que os países que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) devem reduzir a produção da commodity em 350 mil barris por dia, pressionando a demanda pela produção do grupo. O barril do WTI subia 3,4%, para US$ 47,85 e o Brent ganhava 2,7%, para US$ 49,57.

Entre as principais ações do Ibovespa, Vale PNA (3,66%) puxou os ganhos, seguida de Petrobras PN (1,07%), Ambev ON (1,31%), Itaú PN (1,53%) e Bradesco PN (0,97%).

Na ponta positiva do índice ficaram Estácio ON (6,82%), CSN ON (6,39%) e JBS ON (5,88%). As ações do setor de educação avançaram - Kroton registrou alta de 5,43% e Anima ON subiu 7,39% - na expectativa de que haja uma reunião entre as empresas e o ministro da Educação (MEC), Cid Gomes, nos próximos dias para tentar rever as mudanças anunciadas na concessão do Financiamento Estudantil (Fies).

JBS reagiu ao anúncio, pela sua subsidiária americana Pilgrim's Pride,do pagamento de dividendos extraordinários de US$ 5,77 por ação, em um montante equivalente a US$ 1,5 bilhão.

Outros destaques de alta hoje foram Cielo ON (4,33%) e Banco do Brasil ON (1,17%). As duas empresas informaram o mercado sobre mais um passo na implementação da parceria para gerir transações com cartões de crédito e débito. O BB comunicou que mantém a estimativa de impacto financeiro de R$ 3,2 bilhões em seu lucro líquido, em razão da parceria com a Cielo.

No início do ano, o Banco Central (BC) havia autorizado a participação acionária da BB Elo Cartões e da Cielo em uma nova empresa, mas determinou que não houvesse qualquer impacto nas demonstrações contábeis do BB do reconhecimento de ativo intangível originado na operação. Agora o BB informa que tal reconhecimento foi autorizado.

BB e Cielo também informaram que foi obtida a aprovação definitiva do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a criação de joint venture com o objetivo de gerir as transações oriundas das operações de cartão de crédito e débito no âmbito do acordo.

Entre as poucas baixas do dia apareceram Oi PN (-5,34%), Fibria ON (-2,52%) e Pão de Açúcar PN (-2,00%). O mercado monitora possibilidade de cancelamento da fusão dos negócios da Oi com a Portugal Telecom, realizada em maio do ano passado.

Em documento, a Portugal Telecom SGPS afirmou que desfazer a combinação de negócios com a Oi conduzirá a um litígio de "duração imprevisível", nos tribunais brasileiros, prolongando o impasse sobre a situação da empresa portuguesa e gerando um "inevitável processo de destruição de valor" para todos os envolvidos.