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Lançamentos imobiliários em São Paulo recuam 11% em 2014

19/01/2015 08h39

Os lançamentos de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo ficaram entre 29 mil unidades e 30 mil unidades em 2014, enquanto as vendas chegaram a 20 mil unidades, conforme estimativa do Secovi-SP, o Sindicato da Habitação. As novas projeções foram feitas após a consolidação dos números de novembro. A expectativa anterior era de lançamentos de 26 mil unidades e vendas de 20 mil a 22 mil unidades.

Mesmo maior, a nova estimativa de lançamentos ainda fica 11% abaixo do número de unidades de 2013, se considerado o ponto médio da projeção. Já o volume esperado para as vendas é 40% menor do que o do ano anterior. Para 2015, o Secovi-SP estima nova queda do volume lançado, de acordo com o economista-chefe, Celso Petrucci. "É natural o movimento de redução de lançamentos e escoamento do estoque", afirma. Conforme houver sinalização de melhora da economia, a retração pode ser menos acentuada.

No acumulado do ano até novembro, as vendas de imóveis residenciais novos caíram 40% ante o mesmo intervalo de 2013, para 18.324 unidades. Já os lançamentos tiveram queda de 9%, para 27.004 unidades, segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

Em novembro, os lançamentos e vendas de imóveis aumentaram na comparação com o mesmo mês de 2013 e com outubro. "Foi o primeiro mês completo desde maio para o setor, com todos os fins de semana. Tivemos lançamentos de todas as tipologias. Houve uma tempestade perfeita", diz Petrucci.

As vendas de imóveis novos residenciais subiram 7,6% ante novembro de 2013 e 210,2% em relação a outubro, para 2.987 unidades. Nos lançamentos, houve alta de 26,1% na comparação anual e de 169,7% frente a novembro, para 6.301 unidades. Foi lançado Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,6 bilhão, 190,8% maior do que o de outubro, mas 28,2% abaixo do de novembro de 2013, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).

O estoque de imóveis residenciais novos era de 26.579 em novembro, 12,4% superior ao de outubro e 42,1% maior na comparação anual. É um recorde histórico desde a mudança de metodologia da pesquisa do Secovi-SP, em janeiro 2004.

Segundo Petrucci, o estoque não é fonte de preocupação, pois leva as empresas a cederem mais nas negociações, o que contribui para a liquidez das vendas. "O volume de estoques permite preços estáveis de imóveis", diz .

Para 2015, Petrucci espera que os valores continuem a acompanhar a inflação. "O crescimento de preços descolado dos indicadores ficou para trás", afirma. A perspectiva não inclui lançamentos de projetos aprovados nos moldes do novo Plano Diretor Estratégico (PDE).