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Expectativa da indústria para o 1º semestre é a pior desde 2010

21/01/2015 11h39

A proporção de empresas que, em 2015, esperam queda na produção do primeiro semestre do ano, comparado ao mesmo semestre do ano anterior, é a maior desde 2010, segundo o levantamento "Rumos da Indústria Paulista" da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A pesquisa semestral, feita pela entidade desde 2009 com as expectativas dos empresários do setor, foi elaborada a partir de entrevistas feitas entre 1 e 15 de dezembro de 2014 com 424 indústrias do Estado.

Para 36,3% das empresas, a produção deve ter queda (29,7%) ou queda acentuada (6,6%) no primeiro semestre de 2015. É a pior proporção da série. Em 2010, 5,5% das companhias falavam em queda das vendas e 0% em queda acentuada. O pior ano até então havia sido 2012, com 26,9% contando com queda e outras 2,5% com queda acentuada.

Para o primeiro semestre de 2015, 39,1% das empresas aguardam estabilidade na produção, 22,9% contam com aumento e 0,5% com aumento acentuado.

As expectativas piores se concentram no mercado interno: 36,8% das empresas responderam que as vendas domésticas devem cair (30%) ou cair muito (6%), enquanto as exportações devem ser piores para 30,2% delas, com queda (21,9%) ou queda acentuada (8,3%).

Por outro lado, 22,9% das empresas esperam aumento das vendas para o mercado interno, e 0,9% esperam aumento acentuado (ante 24,6% e 2,4% em 2014, respectivamente). Para 35,6% delas, a expectativa é de estabilidade. Em 2014, essa proporção era de 34,6%.

Em relação ao mercado externo, 40,2% das companhias contam com estabilidade (eram 48% em 2014), 28,4% esperam exportações maiores e 1,2% esperam aumento expressivo (ante 30,3% e 2% em 2014, respectivamente).

Com relação ao desempenho no segundo semestre, os resultados também indicam o pior cenário desde o primeiro ano em que a pesquisa foi feita, em 2009. Para 58,2% das empresas o desempenho de seu negócio foi pior no último semestre de 2014 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Para 19,6% houve melhora e 21% viram estabildidade (1,2% não respondeu).

O pior cenário até aqui havia acontecido em 2012, com 44,3% das empresas reportando piora, 30,2% melhora e 23,9% estabilidade, se considerado o último semestre de 2012 ante o último de 2011.