Piora nas contas externas e cenário global elevam dólar frente ao real
O dólar opera em alta frente ao real nesta sexta-feira, refletindo o movimento no mercado externo e preocupações com o cenário doméstico. Notícias relacionadas à possibilidade de um racionamento de energia, que aumenta o risco de recessão da economia brasileira neste ano, e à piora das contas externas também pesavam sobre a moeda americana no mercado local.
Às 13h03, o dólar comercial subia 0,35% cotado a R$ 2,5822. Já o contrato futuro para fevereiro avançava 0,29% para R$ 2,587. O euro caía 0,81% frente ao real, cotado a R$ 2,9020.
O mercado de câmbio local acompanhava o movimento no exterior em que o dólar subia frente às principais moedas, refletindo uma correção após a queda verificada ontem com o anúncio do programa de estímulos monetários pelo Banco Central Europeu (BCE).
Investidores esperam que a economia americana continue se recuperando, o que abre espaço para o Federal Reserve seguir com o processo de normalização da política monetária nos Estados Unidos. Além disso, a preocupação com uma desaceleração da China pesavam sobre as moedas atreladas a commodities.
O dólar perdeu um pouco de força após o dado sobre o índice de atividade nacional do Fed de Chicago que caiu 0,05% em dezembro, ante alta de 0,92% em novembro, mas seguia em alta. A moeda americana subia 1,29% em relação ao dólar australiano, 0,86% diante da lira turca e 0,26% em relação ao peso mexicano.
No mercado local, a preocupação com o risco de um racionamento de energia e a piora das contas externas, que são um termômetro da vulnerabilidade de um país, contribuíam para aumentar a aversão a risco no mercado doméstico.
No ano passado, o déficit em conta corrente do Brasil ficou em 4,17% do PIB, pior resultado desde 2001, somando saldo negativo de US$ 90,948 bilhões. Em 2013, o resultado tinha sido deficitário em 3,62% do PIB.
O resultado ficou acima do déficit de 3,94% projetado pelo BC. Para 2015, o BC estima um recuo desse déficit que deve ficar em 3,8% segundo a autoridade monetária.
Apesar da alta taxa de juros e o ajuste da política fiscal tornarem o país mais atrativo para investidores que buscam ganhar com a arbitragem de juros, operadores afirmam ainda não ter verificado um aumento significativo do fluxo de recursos.
O fluxo cambial em janeiro, até o dia 21, estava negativo em US$ 460 milhões, resultado de um déficit de US$ 1,175 bilhão na conta comercial e ingresso líquido de US$ 715 milhões na conta financeira.
Em janeiro, até o dia 21, foi registrada uma entrada líquida de US$ 1,255 bilhão para aplicações em ações e de US$ 4,66 bilhões para renda fixa.
Embora as medidas de anúncio fiscal tenham ajudar a melhor a perspectiva em relação à política econômica, o risco de racionamento de energia segue preocupando os investidores. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu pela primeira vez a possibilidade de o governo adotar medidas de racionamento de energia, caso o nível dos reservatórios das hidrelétricas fique abaixo de 10%. Levantamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) mostram que os reservatórios estavam na quarta-feira estavam em 17,43% no Sudeste/ Centro -Oeste e em 17,18% na região Nordeste. "O risco de racionamento de energia e de recessão econômica impõem cautela ao mercado", afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.
O BC seguiu com as atuações no câmbio e vendeu todos os 2 mil contratos de swap cambial ofertados no leilão do programa de intervenção, além de renovar mais 10 mil contratos, que venceriam em fevereiro.
Às 13h03, o dólar comercial subia 0,35% cotado a R$ 2,5822. Já o contrato futuro para fevereiro avançava 0,29% para R$ 2,587. O euro caía 0,81% frente ao real, cotado a R$ 2,9020.
O mercado de câmbio local acompanhava o movimento no exterior em que o dólar subia frente às principais moedas, refletindo uma correção após a queda verificada ontem com o anúncio do programa de estímulos monetários pelo Banco Central Europeu (BCE).
Investidores esperam que a economia americana continue se recuperando, o que abre espaço para o Federal Reserve seguir com o processo de normalização da política monetária nos Estados Unidos. Além disso, a preocupação com uma desaceleração da China pesavam sobre as moedas atreladas a commodities.
O dólar perdeu um pouco de força após o dado sobre o índice de atividade nacional do Fed de Chicago que caiu 0,05% em dezembro, ante alta de 0,92% em novembro, mas seguia em alta. A moeda americana subia 1,29% em relação ao dólar australiano, 0,86% diante da lira turca e 0,26% em relação ao peso mexicano.
No mercado local, a preocupação com o risco de um racionamento de energia e a piora das contas externas, que são um termômetro da vulnerabilidade de um país, contribuíam para aumentar a aversão a risco no mercado doméstico.
No ano passado, o déficit em conta corrente do Brasil ficou em 4,17% do PIB, pior resultado desde 2001, somando saldo negativo de US$ 90,948 bilhões. Em 2013, o resultado tinha sido deficitário em 3,62% do PIB.
O resultado ficou acima do déficit de 3,94% projetado pelo BC. Para 2015, o BC estima um recuo desse déficit que deve ficar em 3,8% segundo a autoridade monetária.
Apesar da alta taxa de juros e o ajuste da política fiscal tornarem o país mais atrativo para investidores que buscam ganhar com a arbitragem de juros, operadores afirmam ainda não ter verificado um aumento significativo do fluxo de recursos.
O fluxo cambial em janeiro, até o dia 21, estava negativo em US$ 460 milhões, resultado de um déficit de US$ 1,175 bilhão na conta comercial e ingresso líquido de US$ 715 milhões na conta financeira.
Em janeiro, até o dia 21, foi registrada uma entrada líquida de US$ 1,255 bilhão para aplicações em ações e de US$ 4,66 bilhões para renda fixa.
Embora as medidas de anúncio fiscal tenham ajudar a melhor a perspectiva em relação à política econômica, o risco de racionamento de energia segue preocupando os investidores. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu pela primeira vez a possibilidade de o governo adotar medidas de racionamento de energia, caso o nível dos reservatórios das hidrelétricas fique abaixo de 10%. Levantamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) mostram que os reservatórios estavam na quarta-feira estavam em 17,43% no Sudeste/ Centro -Oeste e em 17,18% na região Nordeste. "O risco de racionamento de energia e de recessão econômica impõem cautela ao mercado", afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.
O BC seguiu com as atuações no câmbio e vendeu todos os 2 mil contratos de swap cambial ofertados no leilão do programa de intervenção, além de renovar mais 10 mil contratos, que venceriam em fevereiro.
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