Juros futuros fecham perto da estabilidade em pregão de liquidez baixa
O mercado de juros futuros da BM&F trabalhou em ritmo lento nesta terça-feira. Afora uma alta pela manhã, quando o dólar esboçou se aproximar de R$ 2,60, as taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) giraram o resto da sessão próximas à estabilidade. Segundo operadores, a apreciação do real e a queda do retorno dos Treasuries, após dados fracos da produção industrial nos EUA, tiraram o fôlego das taxas.
Analistas destacam que calmaria ao longo da tarde e a liquidez muito reduzida sugerem um mercado sem apetite para formação de novas posições. Além do retraimento do volume lá fora, por conta da nevasca em Nova York, e da expectativa pelo comunicado do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) amanhã, fatores internos contribuíram para manter os investidores na defensiva.
Mais líquido do pregão (cerca de 132 mil contratos negociados), DI janeiro/2017 gira a 12,33% (ante 12,36% ontem). Na ponta longa, DI janeiro/2021 sobe um degrau, passando de 11,67% para 11,69%. Entre os contratos ligados ao rumo da Selic neste ano, DI abril/2015 vai de 12,27% para 12,275%, e DI janeiro/2016, de 12,69% para 12,68%.
O mercado trabalhou hoje à espera do encontro da presidente Dilma Rousseff, às 16h, na Granja do Torto, com os 39 ministros nomeados para o segundo mandato. Espera-se que Dilma, retraída desde a cerimônia de posse, deixe claro que a equipe econômica tem carta branca para conduzir o ajuste fiscal, o que passa necessariamente por retração dos gastos públicos.
Operadores afirmam que provocou certo desconforto no mercado a notícia, veiculada hoje pelo jornal "Folha de S. Paulo", de que o governo, sob pressão de centrais sindicais, já admite que pode voltar atrás nas alterações propostas nas regras para obtenção do seguro-desemprego.
O cumprimento da meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano é central no trabalho de reconquista da confiança dos agentes e de ancoragem das expectativas de inflação. No Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça) na semana passada, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reiterou que as política fiscal e monetária são independentes, mas ressaltou que um quadro fiscal mais apertado "ajuda a colocar a inflação no centro da meta".
Não por acaso, espera-se que a ata do Copom, que sai na quinta-feira, mencione o "deslocamento da política fiscal para o campo contracionista". Em Davos, Tombini também disse que a inflação ficará "bastante alta" no curto prazo, mas que já se vê um recuo das expectativas para os próximos anos, até 2019, o que não se observava há muito tempo.
Não bastassem as dúvidas domésticas, há as incertezas sobre o início - e a magnitude - da alta de juros nos EUA, sobretudo após o Banco Central Europeu (BCE) embarcar num afrouxamento quantitativo. A expectativa é que o Federal Reserve afirme em seu comunicado de política monetária desta quarta (28) que será paciente na condução do processo de normalização da política monetária.
Analistas destacam que calmaria ao longo da tarde e a liquidez muito reduzida sugerem um mercado sem apetite para formação de novas posições. Além do retraimento do volume lá fora, por conta da nevasca em Nova York, e da expectativa pelo comunicado do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) amanhã, fatores internos contribuíram para manter os investidores na defensiva.
Mais líquido do pregão (cerca de 132 mil contratos negociados), DI janeiro/2017 gira a 12,33% (ante 12,36% ontem). Na ponta longa, DI janeiro/2021 sobe um degrau, passando de 11,67% para 11,69%. Entre os contratos ligados ao rumo da Selic neste ano, DI abril/2015 vai de 12,27% para 12,275%, e DI janeiro/2016, de 12,69% para 12,68%.
O mercado trabalhou hoje à espera do encontro da presidente Dilma Rousseff, às 16h, na Granja do Torto, com os 39 ministros nomeados para o segundo mandato. Espera-se que Dilma, retraída desde a cerimônia de posse, deixe claro que a equipe econômica tem carta branca para conduzir o ajuste fiscal, o que passa necessariamente por retração dos gastos públicos.
Operadores afirmam que provocou certo desconforto no mercado a notícia, veiculada hoje pelo jornal "Folha de S. Paulo", de que o governo, sob pressão de centrais sindicais, já admite que pode voltar atrás nas alterações propostas nas regras para obtenção do seguro-desemprego.
O cumprimento da meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano é central no trabalho de reconquista da confiança dos agentes e de ancoragem das expectativas de inflação. No Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça) na semana passada, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, reiterou que as política fiscal e monetária são independentes, mas ressaltou que um quadro fiscal mais apertado "ajuda a colocar a inflação no centro da meta".
Não por acaso, espera-se que a ata do Copom, que sai na quinta-feira, mencione o "deslocamento da política fiscal para o campo contracionista". Em Davos, Tombini também disse que a inflação ficará "bastante alta" no curto prazo, mas que já se vê um recuo das expectativas para os próximos anos, até 2019, o que não se observava há muito tempo.
Não bastassem as dúvidas domésticas, há as incertezas sobre o início - e a magnitude - da alta de juros nos EUA, sobretudo após o Banco Central Europeu (BCE) embarcar num afrouxamento quantitativo. A expectativa é que o Federal Reserve afirme em seu comunicado de política monetária desta quarta (28) que será paciente na condução do processo de normalização da política monetária.
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