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Ajuste de 3% sobre contratos da Lava-Jato geraria baixa de R$ 4 bi

28/01/2015 10h15

A Petrobras informou que uma das metodologias usadas para tentar estimar o tamanho da correção a ser feita no ativo imobilizado, em decorrência das denúncias de corrupção descobertas pela operação "Lava-Jato", foi um ajuste linear de 3% sobre os contratos potencialmente afetados.

Esse critério chegou a um valor de baixa de R$ 4,06 bilhões, mas a estatal não adotou essa abordagem por considerar que "os depoimentos não proporcionam, até o momento, detalhes suficientes em relação a pagamentos específicos que sustentem um lançamento nos lucros e registros da companhia".

Por esse método, a Petrobras aplicou o índice de 3%, que segundo o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa era pago como propina sobre todos os contratos firmados com as empresas citadas na investigação, durante o período de 1º de janeiro de 2004 e 30 de abril de 2012.

Além do ajuste linear de 3%, quando havia informação sobre o superfaturamento em contratos específicos diretamente citados pelos investigados, esse adicional foi acrescido ao total.

No entanto, a companhia entendeu que novas informações que podem surgir no curso das investigações "poderiam resultar em novos ajustes, ampliação do escopo dos contratos e empresas e/ou ampliação do período de análise".