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Arrecadação total cai para R$ 1,187 trilhão em 2014

28/01/2015 16h10

Com a economia crescendo aquém do desejado, a arrecadação total totalizou R$ 1,187 trilhão, queda real de 1,79%. É a primeira queda real desde 2009, quando o Brasil sofria os impactos da maior crise financeira mundial desde 1929. Naquele ano, o recolhimento de tributos registrou queda real de 2,66%. Em 2013, o recolhimento de tributos cresceu 4% na comparação com o ano anterior.

Em termos nominais, houve alta de 4,36% na arrecadação no ano passado. Em dezembro, o recolhimento de tributos somou R$ 114,748 bilhões, um recuo real de 8,89% ante mesmo mês de 2013. Houve queda também nominalmente, de 3,06%.

O resultado de 2014 ainda teve a ajuda do Refis, programa de parcelamentos especiais, que contribuiu com R$ 2,448 bilhões em dezembro e somou R$ 19,949 bilhões no ano.

A arrecadação no ano passado foi afetada pelas desonerações de tributos feitas pelo governo para ajudar a estimular a economia. Em 2014, o fisco deixou de arrecadar R$ 104,043 bilhões devido às desonerações de impostos como os sobre a folha de pagamentos e da cesta básica.

As receitas administradas, que representam a maior parte da arrecadação, mostraram baixa real de 1,91%, para R$ 1,146 trilhão em 2014, na comparação com 2013. A elevação nominal ficou em 4,24%. Em dezembro, essas receitas atingiram R$ 112,938 bilhão. Esse valor representa uma redução real de 8,63% em relação a igual período de 2013 e nominal de 2,78%.

No acumulado do ano, a receita própria de outros órgãos federais somou R$ 41,130 bilhões, alta de 1,5% no comparativo anual. Em dezembro, essas receitas totalizaram R$1,809 bilhão, queda em termos reais de 22,73% na comparação com o mesmo mês de 2013. Em termos nominais, essa arrecadação teve uma queda de 17,77% em dezembro e alta de 7,82% em dezembro.

Nos próximos minutos, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, vai comentar os números da arrecadação.