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Justiça determina arresto de bens e quebra de sigilos de Gabrielli

28/01/2015 21h35

A juíza Roseli Nalin, titular da 5ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) determinou o arresto de bens e quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Ele é citado em ação civil de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público.

A ação diz respeito a contratos firmados entre Petrobras e a empreiteira Andrade Gutierrez para obras no Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras), nas quais, na visão do MP, pode ter havido sobrepreço e superfaturamento.

Além de Gabrielli, são réus na ação a Andrade Gutierrez; o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque; o ex-gerente-executivo de serviços e engenharia da Petrobras Pedro Barusco; o ex-gerente de implementação de empreendimentos para o Cenpes José Carlos Amigo; o ex-gerente de engenharia de custos e estimativas de prazos da Petrobras, Sérgio Santos Arantes; o ex-gerente setorial de construção e montagem do Cenpes Alexandre Carvalho da Silva; e dois dos responsáveis pela elaboração dos contratos de orçamento, Antônio Perrota Neto e Guilherme Neri.

Procurada, a Andrade Gutierrez informou que os objetos dos contratos dos projetos realizados no Cenpes foram executados dentro do estabelecido nas diretrizes contratuais da Petrobras. "A empresa esclarece ainda que as obras foram adequadamente concluídas e entregues", diz a nota divulgada pela companhia. A Andrade diz ainda que não foi notificada da decisão sobre o arresto de bens e, portanto, não pode comentar.

"No entanto, como vem fazendo desde o início das investigações, a Andrade Gutierrez informa e ressalta que não tem ou teve qualquer relação com os fatos hoje investigados pela Operação Lava Jato. A Andrade Gutierrez afirma que todos os contratos com a Petrobras foram realizados dentro dos processos legais de contratação. E que mantém o cumprimento dos mesmos nos prazos e níveis de qualidade exigidos pela contratante", continua a companhia.

Procurado, Gabrielli informou por meio de sua assessoria que não foi comunicado da decisão. Acrescentou que ele não teme qualquer investigação.