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Dívida líquida do setor público soma 36,7% do PIB em 2014, diz BC

30/01/2015 11h05

A dívida líquida do setor público não financeiro encerrou 2014 em R$ 1,883 trilhão ou 36,7% do Produto Interno Bruto (PIB), maior desde 2010. Com isso, pela primeira desde 2009, o governo entrega uma dívida líquida maior que a do ano anterior, pois em 2013, a dívida era de 33,6% do PIB. A projeção do BC era de recuo de 36,2% vistos em novembro para 35,6% no fechamento do ano.

De acordo com o Banco Central, essa alta de 3,1 pontos percentuais é resultado da apropriação de juros e valorização cambial, que foram apenas parcialmente amortecidos pelo crescimento do PIB.

O dado leva em conta União, Estados, municípios e empresas estatais, com exceção daquelas dos grupos Petrobras e Eletrobras. Os bancos estatais também não entram na conta da dívida pública líquida, pois as estatísticas se ref erem ao setor público não financeiro.

Dívida bruta

A dívida bruta dos governos no Brasil avançou de R$ 3,217 trilhões em novembro para fechar 2014 em R$ 3,252 trilhões. Em relação ao PIB, a dívida subiu de 63% (dado revisado de 62,4%) em novembro para 63,4%, marcando o maior patamar desde dezembro de 2006, início da série histórica compilada pelo BC. A projeção da própria autoridade monetária era de elevação para 63,4%.

Em dezembro, as operações compromissadas da autoridade monetária para regular a liquidez do sistema financeiro não contribuíram para elevação da dívida, já que foram retirados títulos do mercado. Como proporção do PIB, o saldo dessas operações caiu de 17,1% para 15,8%. Em valores nominais, elas passaram de R$ 874,741 bilhões para R$ 809,063 bilhões. Em todo o ano de 2014, as operações compromissadas subiram em 4,9 pontos percentuais do PIB.