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Conselho da Usiminas não aprova balanço e divulgação é adiada

13/02/2015 15h20

A Usiminas confirmou nesta sexta-feira que o seu conselho de administração não aprovou as demonstrações financeiras do quarto trimestre e, consequentemente, de 2014, nem o relatório da administração que iria acompanhar o balanço ou a proposta de pagamento de dividendos aos acionistas.

Mais cedo, o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, havia adiantado que o balanço não conseguiu sinal verde do conselho para ser divulgado hoje, conforme o previsto. A companhia sofre com uma briga societária entre seus dois controladores, a Nippon Steel & Sumitomo Metal e o grupo ítalo-argentino Techint. Devido a pagamentos irregulares de bônus, remunerações e outros benefícios a executivos da companhia, teve início o desentendimento entre as partes.

Por conta da divergência no colegiado, a publicação dos resultados e a teleconferência para comentar os números estão canceladas. "A companhia manterá seus acionistas informados da nova data para divulgação de seus resultados", afirmou a siderúrgica mineira em comunicado.

O texto enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informa também que o conselheiro Marcelo Gasparino da Silva, advogado que não foi indicado pelos acionistas controladores, votou contra um estudo de viabilidade para recuperar ativos fiscais diferidos de 2014. Mesmo assim, a matéria foi aprovada por maioria.

Ernst & Young

Apesar do cancelamento, os números apresentados no balanço tiveram parecer da auditoria Ernst & Young (EY) sem ressalvas e sem ajustes, revela ata da reunião do conselho fiscal divulgada hoje.

Segundo o documento, a opinião do conselho fiscal foi de que tanto os resultados como o relatório de administração, o pagamento de dividendos e o orçamento de 2015 estavam em condições de serem apreciados pela assembleia geral ordinária dos acionistas da companhia.

A siderúrgica mineira também enviou à CVM ata da reunião do comitê de auditoria da empresa - que tem, entre seus representantes, indicados pela EY. No encontro, os membros recomendaram a aprovação dos números pelo conselho de administração.