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Dados da Europa impulsionam Ibovespa; Usiminas lidera perdas

13/02/2015 11h10

O Ibovespa sobe nesta sexta-feira, influenciado pelo resultado do PIB da zona do euro, melhor do que o esperado. Segundo a Eurostat, a economia da região cresceu 1,4% ao ano no quarto trimestre de 2014, acima da projeção de 0,8%. O índice avançava 0,96% às 10h50, para 50.007 pontos.

Há também perspectiva positiva em relação ao acordo com a Grécia. Ontem, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse que a Grécia e seus parceiros já cobriram uma parte importante da distância que os separava na cúpula realizada entre os líderes europeus, em Bruxelas. Tsipras afirmou também que há sinais de "vontade para um acordo político entre os dois lados".

O petróleo segue em alta. O WTI, nos EUA, subia 1,48%. Já o Brent operava em alta de +5,56%. Petrobras acompanha esse alívio e está entre os destaques de ganhos do índice: as PN sobem 2,85% e as ON avançam 2,56%.

Apesar do tom positivo, o presidente da Magliano Corretora, Raymundo Magliano Neto, diz que o volume será fraco, já que o mercado se aproxima do feriado de Carnaval. Com isso, ficará dois dias sem negócios, para retornar numa quarta-feira de Cinzas "complicada", com menos horas de negociação, mas vencimento de opções sobre Ibovespa. o volume era de apenas R$ 500 milhões às 11 horas.

As ações da Usiminas lideram as baixas do mercado, com perda de 3%, depois de a companhia confirmar que o balanço do quarto trimestre não foi aprovado pelo conselho de administração e sua divulgação foi adiada. A siderúrgica revelou que tanto as demonstrações financeiras como o relatório da administração que as acompanharia e a proposta de distribuição de dividendos não receberam sinal verde do conselho. O auditor independente, contudo - Ernst & Young (EY) -, o restante do comitê de auditoria e o conselho fiscal recomendaram a aprovação das contas.

O Valor havia adiantado a informação. O colegiado se reuniu na noite de ontem e não chegou a um consenso. Agora, a empresa terá até 31 de março para divulgar o resultado do trimestre - e de 2014 - na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ainda não há uma data definida para a publicação.

Para Magliano, o caso da Usiminas é isolado e não deve contaminar o mercado. Ele lembrou que a companhia sofre há muito tempo com o conflito que se instalou entre seus acionistas. Mas ele acredita que o balanço não virá com bons resultados e que a companhia pode não pagar dividendos, o que afeta o setor da empresa. Essa expectativa deixa CSN entre os destaques de baixa, com -0,62%.

No topo dos ganhos está Renner, com alta de 7%. Ontem a companhia divulgou o balanço do quarto trimestre de 2014. O lucro líquido cresceu 1,1% nos três meses, para R$ 218,6 milhões. A receita líquida subiu 25,3% no período , para R$ 1,67 bilhão. A empresa afirmou ainda que planeja investir R$ 550 milhões neste ano, 10% a mais do que o total aportado no ano passado.