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Índice de Confiança do Consumidor atinge patamar mínimo histórico

25/02/2015 08h20

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 4,9% em fevereiro, na comparação com janeiro, ao passar de 89,8 para 85,4 pontos. Após a segunda queda consecutiva, o ICC atinge novo recorde negativo na série iniciada em setembro de 2005, ficando 9,3 pontos abaixo do mínimo registrado na crise internacional de 2008-2009, de 94,7 pontos. Na comparação com fevereiro do ano passado, o indicador recuou 20,4%.

"A combinação entre alta da inflação, dos juros, piores perspectivas para o mercado de trabalho e aumento do risco de racionamento hídrico e energético deflagrou uma onda de pessimismo entre os consumidores brasileiros no início de 2015. Essa percepção negativa sobre os rumos da economia deve contribuir para aprofundar a desaceleração do nível de atividade", afirma, em nota, Tabi Thuler Santos, especialista em análises econômicas da FGV/Ibre.

A queda do ICC foi motivada tanto pela piora da situação atual quanto das expectativas. Entre janeiro e fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 7,0%, de 88,5 para 82,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,2%, ao passar de 90,8 para 87,0 pontos. Os dois índices também estão em níveis mínimos históricos.

A maior contribuição negativa para a queda do ISA veio do indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual, que registra o menor patamar da série histórica pelo segundo mês consecutivo. A proporção de consumidores afirmando que a situação da economia está boa caiu de 6,0%, em janeiro, para 5,8% do total em fevereiro, enquanto a parcela dos que a consideram ruim aumentou de 61,8% para 71,6% no mesmo período.

Em relação ao futuro próximo, as expectativas também não são favoráveis. O indicador de otimismo com a situação econômica nos seis meses seguintes caiu de 77,6 para 69,2 pontos, aprofundando o mínimo histórico já atingido em janeiro. A parcela de consumidores prevendo melhora diminuiu de 16,6% para 14,9%. Já o grupo dos que preveem piora aumentou de 39,0% para 45,7% do total.

A Sondagem do Consumidor deste mês coletou informações de 2,091 domicílios entre os dias 31 de janeiro e 21 de fevereiro.