IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Intenção de consumo entre famílias de SP cai 13,7% em fevereiro

06/03/2015 10h17

O índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em São Paulo teve queda de 13,7% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado e recuou 0,4% ante janeiro, para 108,2 pontos, de acordo com a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

O indicador varia de zero a 200 pontos. Abaixo de cem, a intenção de consumo é considerada insatisfatória e, acima, satisfatória.

Na comparação com janeiro, os itens que mais influenciaram a queda do indicador foram Perspectiva de Consumo, que caiu 2,4%, atingindo 94,5 pontos; e Nível de Consumo Atual, que recuou 2,3%, somando 85,3 pontos. Este item tem registrado pontuação inferior a cem há dois anos e um mês, indicando insatisfação das famílias. Elas estão comprando menos agora em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ainda no patamar da insatisfação está o item Momento para Duráveis, que caiu 0,8% e atingiu 82,8 pontos no mês. No comparativo anual, a pontuação atual está 31,5% abaixo do registrado em fevereiro de 2014. De todos os itens que compõem o ICF, este é o que registrou a pior avaliação em fevereiro e segue pelo décimo mês consecutivo abaixo dos cem pontos, sinalizando que ainda é um mau momento para a compra de produtos duráveis.

O item que mede o acesso ao crédito variou negativamente em 1%, mas a pontuação para o item no mês foi de 123,7 pontos, na área de satisfação, indicando que as famílias ainda encontram facilidade para conseguir empréstimo para comprar a prazo.

Já os itens que registraram pontuação superior à verificada em janeiro são Perspectiva Profissional (2%), Renda Atual (0,5%) e Emprego Atual (0,2%). A pontuação registrada foi 118,1 pontos, 131 pontos e 121,9 pontos, respectivamente.

Em relação a fevereiro de 2014, todos os itens que compõem o ICF registraram queda. A menor retração foi verifica no item Nível de Consumo Atual (-5,7%), e a maior, em Momento para Duráveis (-31,5%).

Na avaliação por faixa de renda, a pontuação foi similar nas duas classes analisadas: 108,2 pontos nas famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, e 108,3 pontos na classe com receita superior a dez salários mínimos.

Na avaliação da assessoria econômica da FecomercioSP, o indicador mantém a tendência de queda e, com três itens abaixo dos cem pontos, mostra que as famílias paulistanas ainda estão sentindo o impacto da crise econômica e dos reajustes de preços sobre o seu orçamento e nível de consumo.

Para a entidade, o cenário econômico incerto no primeiro semestre e mais reajustes em tarifas e preços, além do possível aumento de impostos via pacote de ajuste fiscal, irá manter o indicador em patamar historicamente baixo.