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Não sabia de propina, então, não falei disso com Dilma, afirma Graça

26/03/2015 13h13


Questionada por parlamentares nesta quinta-feira se ainda tem um sentimento de gratidão e fidelidade incondicional à presidente Dilma Rousseff, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster respondeu que "certamente existe". Ela está prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga irregularidades na estatal.

Sobre os encontros entre as duas, Graça disse que informava só aumento da produção, aumento das descobertas, aumento da reserva. "Propina eu não conhecia. Corrupção eu não conhecia e eu não poderia conversar com ela sobre o que eu não conhecia", disse.

A ex-presidente da estatal também negou que Dilma tenha orientado a não divulgar uma baixa contábil de R$ 88,6 bilhões no balanço da estatal referente às perdas com corrupção ligadas à operação Lava-Jato.

"A presidente [Dilma] não disse para eu não mostrar e eu achei mais apropriado mostrar para o mercado", disse.

Ela voltou a ser questionada sobre a Sete Brasil, empresa criada para exploração do pré-sal. Defendeu que os indicados "na primeira edição, na primeira gestão" são talentos, "quadros excepcionais". Entre eles estava Pedro Barusco, um dos delatores da Operação Lava-Jato e que contou sobre propinas pagas durante seu período de trabalho na Petrobras e na Sete Brasil.

A Sete Brasil é "feito um bebê que precisa ser cuidado para ter saúde". A investigação de irregularidades "atrapalhou muitíssimo" a empresa, declarou Graça, pois "um dos ramos do financiamento" da companhia não foi fechado.