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TAP registra prejuízo anual pela primeira vez desde 2008

26/03/2015 13h58


A companhia aérea TAP, estatal portuguesa, fechou 2014 com prejuízo líquido de 46 milhões de euros, ante lucro líquido de 34 milhões de euros em 2013. As receitas somaram 2,489 bilhões de euros, apenas 0,36% mais que no exercício anterior. Mas os custos também cresceram, avançando 3,4% a 2,341 bilhões de euros.

Segundo comunicado do grupo que foi colocado à venda pelo governo, o volume de passageiros em 2014 aumentou 6,6% ante 2013, somando 11,4 milhões de pessoas. A taxa de ocupação também melhorou, aumentando de 79,5% para 80,6%.

Segundo a direção da companhia, entre os fatores que foram determinantes para o primeiro prejuízo em seis anos estão problemas técnicos que provocaram atrasos e cancelamentos de voos durante o verão no Hemisfério Norte e atraso na entrega de seis novas aeronaves, além de uma greve que durou três semanas.

Somados, esses três fatores custaram 108 milhões de euros em despesas extras, informou a TAP. A empresa está à venda em um processo de privatização que o governo português quer concluir ainda neste semestre.

Em 2012, a venda foi suspensa na última etapa do processo, quando o grupo Synergy - da família Efromovich, a mesma que controla a Avianca - foi descredenciado por falta de garantias bancárias, segundo justificou o governo português.

Será feita a venda direta de até 61% das ações representativas do capital social da holding TAP SGPS e de mais 5% do capital para funcionários. Entre as exigências do caderno de encargos aprovado pelo governo luso, está o compromisso da empresa que assumir a aérea de investir na TAP de reforçar a sua capacidade econômico-financeira.

A empresa que comprar a TAP também terá que assumir dívidas e dar estabilidade aos empregados da aérea. O novo controlador não poderá se desfazer das ações por cinco anos.