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Edinho Silva, ex-tesoureiro de Dilma, é o novo ministro da Secom

27/03/2015 13h23


O Palácio do Planalto divulgou nesta sexta-feira que o ex-deputado estadual Edinho Silva (PT-SP) será o novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Edinho assume o lugar do ex-ministro Thomas Traumann, que deixou o cargo na última quarta-feira e confirma a tendência, defendida por uma ala do PT, de escolher um político para a Pasta.

A posse do novo Secretário de Comunicação está agendada para o próximo dia 31 de março, às 11 horas. A escolha de Edinho sugere que as verbas de publicidade do governo federal, um orçamento estimado em R$ 200 milhões, continuarão sob a tutela da Secom.

Havia uma disputa interna no PT para que fossem remanejadas para o Ministério das Comunicações, com a posse de Ricardo Berzoini no segundo mandato de Dilma, caso a Secom continuasse sob a condução de um profissional do jornalismo. A Pasta foi comandada por jornalistas nas últimas gestões: antes de Traumann, foi ocupada pelos jornalistas Helena Chagas, Franklin Martins e Ricardo Kotscho.

A nomeação de um político do PT, da estrita confiança da presidente Dilma Rousseff e também do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indica que a publicidade continuará sendo controlada pela Secom. Há um apelo interno no PT para que recursos da verba de publicidade atendam veículos afinados com o governo.

Edinho foi tesoureiro da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014 e conseguiu aprovar as contas, mesmo que com ressalvas, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois que um parecer da área técnica havia recomendado a rejeição.

Um dos nomes históricos do PT, Edinho foi duas vezes prefeito de Araraquara (SP), presidente do PT de São Paulo e deputado estadual até o início do mês. A escolha de Edinho também contempla a corrente majoritária do PT - Construindo um Novo Brasil (CNB) -, a mesma de Lula, que se ressentia de não ter um representante na "cozinha" do Planalto desde a saída do ex-ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência.

A escolha de um político para a Secom atende, de igual forma, apelos de uma ala do PT para que Dilma retome o perfil político que já foi da Pasta, quando era ocupada Luiz Gushiken, que era um dos ministros mais próximos ao então presidente Lula.

Edinho Silva também tem bom trânsito com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e com o presidente do PT, Rui Falcão. Tudo indica que ele vai fazer parte das reuniões restritas do conselho político da presidente, em que ela reúne os ministros palacianos.