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Bovespa cai no dia, mas sobe 2,29% no primeiro trimestre

31/03/2015 17h53


O último pregão de março foi volátil para a bolsa brasileira, com bancos entre as maiores altas e Vale entre as principais baixas do dia. Notícias sobre balanços, queda do minério de ferro, declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e dados da economia brasileira determinaram o vai-e-vém dos negócios nesta terça-feira.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,18%, aos 51.150 pontos, com bom volume de R$ 6,749 bilhões. Na mínima do dia, a bolsa chegou aos 50.612 pontos (-1,23%), e na máxima, aos 51.466 pontos (0,43%). A bolsa brasileira acumulou em março baixa de 0,89%, e no primeiro trimestre marcou alta de 2,29%.

Entre as principais ações do índice, Vale PNA caiu 3,73%, seguida de longe por Ambev ON (-1,01%). Petrobras PN teve um dia bastante volátil e terminou em leve alta de 0,10%, enquanto os bancos marcaram alta firme: Bradesco PN (1,60%) e Itaú PN (0,91%).

O minério de ferro negociado nos portos da China atingiu o menor patamar de preço desde 2008 e atingiu em cheio as ações da Vale. A commodity caiu 3,6%, para US$ 51 por tonelada. A cotação praticamente empata com a média mundial de custo de produção das mineradoras, que gira em torno de US$ 50 a tonelada. Abaixo desses valores, as produtoras operariam no vermelho. Os novos projetos da Vale, contudo, como o S11D, de Carajás, no Pará, têm custo mais próximo a US$ 45 por tonelada extraída - considerando já os gastos com frete.

Além de Vale, a lista de maiores baixas do Ibovespa trouxe Oi PN (-5,52%), CSN ON (-4,90%) e Bradespar PN (-3,72%). Bradespar possui ações da Vale em sua carteira de investimentos. E a CSN tem parte de suas receitas vinculadas à exploração de minério na Casa da Pedra.

Gol PN (-4,75%) também marcou presença entre as baixas, após apresentar prejuízo de R$ 1,25 bilhão em 2014, aumento de 56% frente a 2013. O resultado foi afetado pela desvalorização do real frente ao dólar e por perdas em operações de hedge de petróleo.

Na ponta positiva do índice ficaram Sabesp ON (5,85%), CPFL ON (3,33%) e Bradesco ON (2,23%). Sabesp avançou com a informação de que a Arsesp, órgão estadual que regula o setor de saneamento, publicou hoje no "Diário Oficial" chamado para consulta pública sobre uma proposta de reajuste de 13,87% nas tarifas da companhia, sendo 6,36% decorrentes do pedido de reajuste extraordinário feito pela empresa e outros 7% de correção monetária pelo IPCA, que corresponde ao reajuste anual ordinário.