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Índice de Confiança de Serviços atinge mínima histórica em março

01/04/2015 08h33


Com avaliações muito negativas sobre os negócios no presente e as perspectivas nos próximos meses, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) teve queda expressiva, de 12,1% em março, na comparação com fevereiro, feitos os ajustes sazonais. Assim, o indicador atingiu 82,4 pontos, nova mínima da série, iniciada em junho de 2008.

"Em março, o índice de confiança foi o menor da série em 11 dos 12 segmentos pesquisados, mostrando, de modo inequívoco, uma percepção desfavorável pelo setor sobre o rumo dos negócios. Em linha com esse cenário adverso, o indicador que mede o ímpeto de contratações, nesse que é o setor mais empregador da economia, também chegou ao mínimo histórico, reforçando os sinais de uma retração na atividade no primeiro trimestre do ano, em resposta à redução da demanda doméstica, em um contexto de inflação mais alta e desaceleração do mercado de trabalho", avalia Silvio Sales, consultor da FGV /Ibre.

O movimento negativo atingiu tanto as avaliações sobre o momento presente quanto as expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Situação Atual caiu 14,1%, recuo só superado pelo registrado em novembro de 2008 (-16,8%); e o Índice de Expectativas recuou 10,7%, ante -4,5%, no mês anterior; ambos os índices chegaram aos menores níveis da série histórica.

A piora da avaliação sobre a situação atual entre fevereiro e março foi determinada pela redução de 16,6% do indicador de Situação Atual dos Negócios e de 11,2% do indicador de Volume de Demanda Atual. A proporção de empresas que avaliam a situação dos negócios como boa diminuiu de 16,8% para 11,7% e a parcela das que a avaliam como ruim passou de 35,7% para 44,1%.

A queda das expectativas, por sua vez, foi reflexo da redução de 11,8% do indicador de Demanda Prevista e de 9,5% do indicador de Tendência dos Negócios. A proporção de empresas esperando aumento da demanda nos próximos três meses passou de 28,6% para 20,2% do total, enquanto a parcela das que esperam redução passou de 18,3% para 22,9%.

A sondagem do setor de serviços foi realizada pela FGV entre os dias 5 e 27 deste mês.