Expectativa do consumidor fica estável em março, aponta CNI
Melhorou a percepção do brasileiro com relação à inflação e ao emprego, mas houve piora na avaliação sobre a renda e a situação financeira. No saldo entre uma situação e outra, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) se manteve estável em março, na comparação com fevereiro e, assim, interrompeu a trajetória de quatro meses consecutivos de queda.
O indicador, no entanto, continua em patamar baixo e, juntamente com o índice de fevereiro, é o menor desde junho de 2001, informa a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta segunda-feira. Na comparação com março do ano passado, o Inec caiu 8,1%.
Dos seis componentes analisados pela pesquisa, houve melhora em relação a três: na percepção dos consumidores sobre a evolução dos preços, as compras de bens de maior valor e o emprego. Na comparação com fevereiro, o índice de inflação cresce 10,6%, indicando menor preocupação das pessoas em relação ao aumento dos preços. Já o indicador de compras de bens de maior valor aumenta 9,9% em março ante o mês anterior. O índice de desemprego, que mostra alta de 5% no período e aponta maior confiança dos brasileiros na manutenção das vagas de trabalho.
Por outro lado, houve piora da percepção dos brasileiros em relação à renda pessoal, à situação financeira e ao endividamento. O índice de renda pessoal apresentou recuo de 11%, o de situação financeira mostra queda de 10,6% e o de endividamento cai 4,3% frente a fevereiro. "O resultado sinaliza pessimismo sobre o aumento da renda nos próximos seis meses, piora da situação financeira e acréscimo no número de dívidas em relação aos últimos três meses", diz a entidade, em nota.
Feito em parceria com o Ibope, o Inec deste mês ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 21 e 25 de março.
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