Após cinco pregões de queda, dólar tem leve alta acompanhando exterior
Depois de cinco pregões consecutivos de queda, o dólar fechou em alta frente ao real, acompanhando o movimento no exterior. Investidores recompõem as posições na moeda americana, aguardando a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que será divulgada amanhã.
O dólar comercial subiu 0,41%, encerrando a R$ 3,1340. Já o euro recuava 0,92% para R$ 3,3868.
No mercado futuro, o contrato futuro para maio avançava 0,13% para R$ 3,154.
O dia foi de muita volatilidade, com a moeda americana oscilando entre R$ 3,1105 e R$ 3,1470 no pregão intradia.
Lá fora, o dia foi de valorização do dólar. O Dollar Index, que acompanha o desempenho da moeda americana em relação às principais divisas, avançava 0,99%.
Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno, o alívio verificado recentemente da taxa de câmbio foi motivado pela percepção de que o governo está conseguindo avançar na negociação para aprovação das medidas de ajuste fiscal e pela melhora da aversão a risco no cenário externo, após dados mais fracos do mercado de trabalho americano reforçarem a expectativa de que o Federal Reserve pode adiar o aumento da taxa básica de juros nos Estados Unidos.
Esse movimento, segundo ele, foi momentâneo, uma vez que os dados econômicos recentes dos Estados Unidos foram afetados pelo clima e devem mostrar maior vigor, o que pode retomar a discussão de que o Fed pode começar a subir os juros no meio do ano e aumentar a pressão sobre o câmbio.
No caso do real, o economista-chefe para mercados emergentes da Capital Economics, Neil Shearing, lembra que a moeda pode já ter atingido seu piso. Shearing cita três motivos pelos quais acredita que a moeda brasileira pode ter atingido seu piso do atual ciclo de queda: a forte depreciação nominal desde 2011 (da ordem de 50% ante o dólar), a perspectiva de pausa na deterioração nos termos de troca e o fato de o mercado já ter precificado a maior parte das notícias negativas.
Shearing diz que o momento de se preocupar com o real foi há quatro anos, quando a moeda oscilava pouco acima de R$ 1,50 por dólar. Agora, a moeda parece bem mais próxima de seu patamar "justo". "Por ora, estamos felizes com nossa previsão de R$ 3,20 por dólar no fim deste ano."
No mercado local, o BC seguiu com a rolagem do lote de US$ 10,115 bilhões de contratos de swap cambial que vence em maio e renovou hoje mais 10.600 contratos, cuja operação somou US$ 570,7 milhões. Se mantiver o mesmo ritmo, o BC deverá rolar US$ 10,070 bilhões, praticamente o lote integral dos US$ 10,115 bilhões em swaps cambiais que vence mês que vem.
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