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Produção industrial recua em seis regiões em fevereiro, segundo IBGE

07/04/2015 09h39

A produção industrial brasileira caiu 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro, com diminuição da atividade em seis dos 14 Estados e regiões pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As quedas mais acentuadas ocorreram no Rio de Janeiro (recuo de 7,1%), a mais intensa desde janeiro de 2012, quando houve retração de 12,7%. A Bahia apresentou a segunda maior queda do mês, de 6,4%. A produção da indústria baiana cedeu pelo terceiro mês consecutivo, período em que acumulou perda de 20,7%.

O recuo em Pernambuco (2,3%) e em Minas Gerais (1,9%) também foi maior do que a retração média nacional, de 0,9%.

A região Nordeste (recuo de 0,7%) e Espírito Santo (queda de 0,4%) completam o conjunto de locais com índices negativos em fevereiro.

Por outro lado, Pará (3,4%), Goiás (3,2%), Paraná (2,4%) e Amazonas (2,2%) assinalaram os avanços mais elevados. Pará e Goiás registraram dois meses consecutivos de crescimento, acumulando altas de 3,7% e de 6%, respectivamente. Já Paraná e Amazonas reverteram os resultados negativos de janeiro, que haviam sido de 6,1% e 1,9%, respectivamente.

As demais taxas positivas foram observadas no Rio Grande do Sul (1,6%), Ceará (1,1%), São Paulo (0,3%) e Santa Catarina (0,2%).

Comparação anual

Já na comparação com fevereiro do ano passado, a queda foi quase generalizada, atingindo 12 de 15 locais pesquisados. O IBGE observa que fevereiro deste ano teve dois dias úteis a menos (18) do que igual mês do ano anterior (20).

Os recuos mais intensos foram registrados por Bahia (-23,2%) e Amazonas (-18,9%). No mercado baiano, a retração foi pressionada, em grande parte, pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo). Já no Amazonas, o impacto veio dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores).

Paraná (-15%), Rio Grande do Sul (-13,7%), Rio de Janeiro (-11,8%), Região Nordeste (-11,1%) e Minas Gerais (-10,6%) também apontaram taxas negativas de dois dígitos na comparação anual, enquanto Santa Catarina e Ceará (ambos com - 9,5%) completaram o conjunto de locais com recuos mais acentuados do que a média nacional (-9,1%).

Outros resultados negativos foram registrados em São Paulo (-8,5%), o parque industrial mais diversificado do país, Goiás (-4,4%) e Mato Grosso (-1,5%).

Por outro lado, Espírito Santo (25,6%) assinalou o avanço mais intenso no mês, impulsionado, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo dos setores extrativos (minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo) e de metalurgia (bobinas a quente de aços ao carbono, lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono e tubos flexíveis e trefilados de ferro e aço).

Os demais resultados positivos foram observados no Pará (9,4%) e Pernambuco (2,3%).