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Captações no mercado de capitais enfrentam o pior trimestre em 7 anos

08/04/2015 11h19


As captações de companhias brasileiras caíram 21,9% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2014, concentradas apenas no mercado de renda fixa doméstico. Sem operações com ações ou emissão de títulos no exterior, o volume se restringiu a R$ 20,11 bilhões, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Descontada a emissão de debêntures de leasing vista em janeiro, no valor de R$ 10 bilhões, o primeiro trimestre teve o pior desempenho dos últimos sete anos.

"A desaceleração das captações reflete o ambiente de incerteza que marcou o início do ano, em um contexto de elevação das taxas de juros e aversão a risco de investidores estrangeiros", informou a Anbima.

De acordo com a entidade, esse cenário influenciou também as características dos ativos. As debêntures emitidas neste ano, por exemplo, têm prazo médio de 3,7 anos, ante 5,3 anos em 2014.

De janeiro a março, 81,5% das ofertas foram feitas via debêntures, percentual bem superior aos 58,6% registrados no mesmo período do ano passado. Outros 11,8% vieram de notas promissórias, 5,8% de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e o restante de fundos de investimento em direitos creditórios (Fdic).

A análise da destinação dos recursos mostra que quase 50% do volume emitido por meio de debêntures serviram para refinanciamento do passivo, ante 37% no primeiro trimestre de 2014.