Queda do real traz perda de US$ 1,22 bilhão à América Móvil
A depreciação do real ante o dólar foi o principal motivo para as perdas cambiais da América Móvil, dona da Claro no Brasil, atingirem 17,83 bilhões de pesos mexicanos (US$ 1,22 bilhão) no primeiro trimestre de 2015, ante prejuízo de 79 milhões pesos um ano antes.
O custo de financiamento subiu 163,6%, na comparação entre os primeiros três meses de 2014 e 2015, para 24,2 bilhões de pesos mexicanos. O lucro líquido da operadora de Carlos Slim caiu 42,1% no trimestre, para 8,23 bilhões de pesos. A receita subiu 3,1%, mas os custos avançaram em ritmo mais acelerado, de 6,2%, e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) diminuiu 3,1%, para 68,25 bilhões de pesos.
O Brasil é a operação da América Móvil com crescimento mais acelerado e o número de assinantes móveis no país (71,9 milhões) está se aproximando do México (72 milhões), que é o mercado mais importante para a empresa.
No Brasil, a América Móvil terminou março com 108,3 milhões de linhas de acesso, 5,8% acima de igual período de 2014. Sob a bandeira da Claro, a empresa adicionou 611 mil assinantes móveis no trimestre e alcançou 71,9 milhões de clientes, 4,6% a mais que um ano antes.
A base pós-paga da Claro aumentou 8,8% de janeiro a março, em relação a um ano antes. Na plataforma de linha fixa, a empresa alcançou 36,3 milhões de unidades geradoras de receita, alta de 8,2% na comparação anual, ao agregar 250 mil clientes.
No Brasil, a receita média por usuário (Arpu) diminuiu 14,2%, para R$ 13. Apesar da ampliação da base de assinantes, os minutos de uso caíram 33,7%.
Em 2014, a empresa passou por um processo de reestruturação no Brasil. O patrimônio da Embratel Participações, Embratel e Net foi incorporado à Claro. Os efeitos afetaram os resultados da companhia a partir de 1º de janeiro de 2015.
Ao todo, a empresa terminou março com 368 milhões de linhas no mundo, com 289,6 milhões de assinantes móveis, 34,5 milhões de linhas fixas, 22,3 milhões de acessos de banda larga e 21,6 milhões de unidades de TV paga.
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