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Alta do dólar leva Hypermarcas a planejar novo reajuste de preços

27/04/2015 14h35


A Hypermarcas planeja fazer um novo aumento de preços em julho, na divisão de consumo, para repassar aos produtos o avanço da inflação e a alta do dólar (moeda de compra de matérias-primas) ante o real.

Em teleconferência com analistas nesta segunda-feira, o presidente da companhia, Claudio Bergamo, disse que a Hypermarcas vai observar durante o segundo trimestre a visibilidade do cenário, principalmente em relação ao patamar da divisa americana, para decidir se haverá o ajuste e em qual intensidade.

Em abril, para compensar a queda de 20% do real frente ao dólar no primeiro trimestre, além de outros aumentos de custos, a empresa lançou uma nova tabela de preços, com aumento médio ponderado de 8%.

A ideia inicial era elevar os preços da divisão de consumo em 6% no ano, segundo Bergamo, mas a projeção agora é de ajuste de 8% a 12%, a depender da categoria. O repasse deve ocorrer nos próximos dois a três trimestres, disse o executivo.

Entre as principais marcas da divisão consumo estão Monange, Jontex, Risqué, Zero-Cal e Bozzano.

Marketing

A Hypermarcas pode reduzir os gastos com marketing neste ano, segundo Bergamo. Em 2014, o indicador representou 20,9% das despesas totais e, neste ano, a ideia é retomar o nível histórico de 19% a 20% - provavelmente mais perto de 20%, segundo o executivo.

No primeiro trimestre, as despesas da Hypermarcas com marketing somaram R$ 223,5 milhões, alta de 7% na comparação anual.

Segundo Bergamo, a queda de um ponto percentual nos investimentos não prejudicará a estratégia de ganhar participação de mercado. "Esse é um ano bom para ganhar ?market share' [participação de mercado]. Há maior aversão a risco e nos preparamos para entrar de forma competitiva na disputa."

Resultado

A Hypermarcas teve lucro líquido de R$ 90,7 milhões no primeiro trimestre do ano, com leve alta de 0,5% na comparação anual. A receita líquida da companhia cresceu 12,2%, para R$ 1,18 bilhão.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado por despesas não recorrentes e outras despesas não caixa somou R$ 286,9 milhões. O montante representou alta de 10,8% na comparação anual.